PR são-tomense garante a
parceiros internacionais
"tempo político
novo"
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21.02.2025 - O
Presidente são-tomense
garantiu hoje aos
parceiros internacionais
que a mudança de Governo
"trouxe um tempo
político novo" para o
arquipélago, decisão que
considerou "essencial
para a normalização da
vida democrática do país
e a paz social".
"Demiti o 18.º Governo e
convidei o partido mais
votado nas últimas
eleições para formar o
Governo. Tratou-se de
uma medida bem acolhida,
interna e externamente,
e o país vive
presentemente uma
situação de plena
acalmia e pleno
funcionamento das suas
instituições
democraticamente
eleitas", disse Carlos
Vila Nova na cerimónia
de apresentação de
cumprimentos de Ano Novo
pelo corpo diplomático.
Carlos Vila Nova, que
demitiu o Governo do
ex-primeiro-ministro
Patrice Trovoada, em 06
de janeiro, sublinhou
que, "no contexto de
tantos desafios
externos, não era
concebível" que,
internamente, não fosse
criado "um clima de
harmonia" e "lealdade no
relacionamento entre as
instituições
democráticas".
"O quadro atual é
gerador de maior
confiança e oferece as
garantias de um
relacionamento mais
germinador com os nossos
parceiros bilaterais e
multilaterais",
declarou.
Carlos Vila Nova admitiu
que "2024 foi um ano de
desafios marcantes para
São Tomé e Príncipe",
lembrando o "longo
período sem o acordo com
o Banco Mundial e o
Fundo Monetário
Internacional".
"Nessa medida, os
problemas sociais
continuaram a
acentuar-se (...)
agravado por uma
economia tímida, um
setor privado frágil e
um contexto
internacional de
persistente incerteza",
sublinhou."Por outro
lado, o país conheceu o
importante êxodo
migratório, privando-o
de parte significativa
da sua principal força
de trabalho, com
considerável impacto ao
nível social e
económico", acrescentou.
O Presidente são-tomense
lembrou que, no final de
2024, o arquipélago
"deixou de pertencer à
categoria de países
menos desenvolvidos,
passando a ser
considerado país de
rendimento médio", o que
"representa o
reconhecimento dos
esforços empreendidos
para a melhoria da
condição da vida dos
são-tomenses", mas
também "uma
responsabilidade
acrescida", face à
redução dos apoios por
parte das instituições
internacionais.
No domínio
internacional, Carlos
Vila Nova considerou que
o tempo atual "é um
estágio civilizacional
que não compagina com o
quadro de conflitos
altamente destrutivos,
geradores de catástrofes
sociais e ambientais", e
lamentou, sobretudo, que
"persistem conflitos
crónicos em África que
teimam em ceifar vidas,
desviar recursos e
atrasar o
desenvolvimento".
Salientou que o país
"continuará a
privilegiar o
multilateralismo e a
eleger as Nações Unidas
como o palco
privilegiado de
concentração e resolução
de conflitos".
A embaixadora de Cabo
Verde, Deontina
Carvalho, enquanto
decana dos embaixadores
acreditados em São Tomé
e Príncipe, considerou
ser "inspirador observar
como São Tomé e Príncipe
tem consolidado a sua
estabilidade política" e
"reforçado a governança
democrática".
Ao nível internacional,
referiu que 2024 foi
marcado "por enormes
desafios a nível
mundial", resultado de
um contexto
"tumultuado", com
surgimento e agravemnto
de conflitos, e as
perspetivas para 2025
"são igualmente
preocupantes, uma vez
que o sentimento de
incerteza em relação ao
futuro alimenta receios
sobre a segurança
global".
"Neste cenário, é
urgente refletir sobre a
necessidade de uma paz
mundial justa, duradoura
e respeitadora do
direito internacional,
com ênfase na construção
da tolerância do diálogo
contínuo. Precisamos,
igualmente, de envidar
esforço para fortalecer
a democracia, promover
uma maior igualdade
social, combater a
pobreza, melhorando a
educação e o sistema de
saúde, entre outros",
defendeu.
JYAF // MLLLusa/Fim
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