Universidades Lusófonas
debatem Ambiente
e Economia Azul em São
Tomé

28.06.2023 - As
organizações da
Associação das
Universidades de Língua
Portuguesa iniciaram
ontem em São Tomé uma
conferência de três dias
para análise de questões
sobre o ambiente e
economia azul e outros
problemas que preocupam
a comunidade académica.
“Deterioração ambiental
causada pelo
desequilibro entre o
homem e a natureza
preocupam cada vez mais
a comunidade académica,
ambientalistas,
empresários, decisores
políticos, dado que
estamos numa situação em
que poderá existir
incapacidade de
responder as
necessidades básicas dos
seres vivos”, sublinhou
o reitor da Universidade
de São Tomé Tomé e
Príncipe (USTP),
Peregrino Costa.
Na
abertura da trigésima
segunda conferência da
Associação das
Universidades de Língua
Portuguesa (AULP), o
reitor da USTP
considerou que “a
economia azul surge como
modo de organização da
sociedade humana com a
capacidade de potenciar
o oceano”, sendo um dos
“desafios centrais do
presente e futuro”.
“Isto
significa que a economia
azul e juntando a ela a
verde, poderão ter um
papel preponderante na
contribuição para
competitividade global
de cada país dado que
elas agregam muitos
setores que poderão
criar vantagens
competitivas”, disse
Peregrino Costa.
O reitor
da USTP sublinhou
potencialidades do mar
de São Tomé e que é 160
vezes maior que o
território terrestre do
arquipélago, mas que
destacou que “enquanto
micro Estado insular o
país enfrenta problemas
diversos próprios das
ilhas e dos pequenos
países que afetam
fortemente a
implementação das
políticas públicas”.

“São Tomé
e Príncipe optou por se
envolver num processo de
transição para a
economia azul de forma a
valorizar e potenciar os
aspetos naturais
relacionados com os
serviços ecossistémicos
entendidos como suportes
de desenvolvimento dos
setores da pescas e da
agricultura,
transportes, comércio,
energia, turismo,
ecoturismo e concorram
assim para o alcance dos
objetivos de proteção e
conservação da
biodiversidade e dos
ecossistemas das
espécies ameaçadas”,
indicou o reitor da
USTP.
O
presidente do Instituto
Politécnico de Lisboa,
Elmano da Fonseca
Margato sublinhou a
importância da interação
entre as universidades
lusófonas que tem
especificidades próprias
e que permitem a
análises de diferentes
temas, tendo referido
que a AULP é “um espaço
de diálogo de igual para
igual” que os países
“podem e devem
aproveitar” para dar o
seu “contributo para o
desenvolvimento das suas
sociedades”.“Este é um
movimento académico que
está entregue aos
reitores e aos
presidentes dos
institutos politécnicos
e que não está
dependente do poder
político e eu acho que
isso é uma mais valia
que nós devemos
destacar.
A
academia é um espaço de
liberdade onde nós
aceitamos todas as
convicções políticas,
religiosas, orientações
sexuais e é neste espaço
de igualdade que nós nos
entendemos com todos os
nossos países e
parceiros irmãos”, disse
Elmano da Fonseca
Margato.Participam na
trigésimo segundo
encontro da AULP
representantes de
reitorias, académicos,
investigadores e
parceiros dos Estados
membros da Comunidade
dos Países de Língua
Portuguesa (CPLP),
nomeadamente, Angola,
Brasil, Cabo Verde,
Guiné-Bissau, Guiné
Equatorial, Moçambique,
Portugal, São Tomé e
Príncipe e Timor-Leste,
bem como a universidade
de Macau.
Por
Green Savers com Lusa