Lusófonos longe de
erradicar a pobreza, mas
alcançam objetivos de
desenvolvimento

18.06.2024 -Os
países lusófonos
continuam sem atingir o
Objetivo de
Desenvolvimento
Sustentável (ODS) de
erradicar a pobreza, com
exceção de Portugal,
embora praticamente
todos os membros da CPLP
tenham conseguido
alcançar uma das 17
metas.
De acordo
com a 9.ª edição do
Relatório de
Desenvolvimento
Sustentável, divulgado
hoje pela Rede de
Soluções para o
Desenvolvimento
Sustentável (SDSN) das
Nações Unidas, nenhum
dos oito países que,
juntamente com Portugal,
compõem a Comunidade dos
Países de Língua
Portuguesa (CPLP),
conseguiu erradicar a
pobreza, o primeiro dos
17 ODS.
Angola,
inclusive, registou uma
descida na prossecução
deste objetivo, tendo
Cabo Verde sido indicado
como estando "no caminho
certo", embora com
desafios a manterem-se.
A maioria dos países da
CPLP estagnou no
propósito deste ODS,
nomeadamente a
Guiné-Bissau,
Moçambique, São Tomé e
Príncipe e Timor-Leste.
O Brasil
também estagnou,
prosseguindo "desafios
significativos" nesta
matéria, enquanto a
Guiné Equatorial não
apresentou dados.
Portugal é o único país
da CPLP que atingiu o
objetivo de erradicar a
pobreza.No `ranking` de
167 países avaliados
sobre o cumprimento dos
ODS das Nações Unidas,
liderado pela Finlândia,
os lusófonos (além de
Portugal) só aparecem
após o segundo terço dos
classificados, com o
Brasil a registar o
lugar mais cimeiro
(52.º).Cabo Verde ocupa
o 88.º lugar, sendo o
País Africano de Língua
Oficial Portuguesa (PALOP)
mais bem classificado.
Dos
restantes lusófonos que
aparecem neste `ranking`,
segue-se São Tomé e
Príncipe (118.º),
Moçambique (148.º),
Angola (155.º) e
Guiné-Bissau (156.º).Ao
nível dos ODS alcançados
por estes países, com a
exceção de Timor-Leste,
todos alcançaram um ou
mais objetivos.O Brasil
alcançou o objetivo das
energias renováveis e
acessíveis e o de
parcerias para a
implementação dos
objetivos.Cabo Verde,
São Tomé e Príncipe e a
Guiné-Bissau atingiram o
13.º ODS -- ação
climática, enquanto
Moçambique, Angola e a
Guiné Equatorial
alcançaram o 12.º -
proteção e consumo
sustentáveis.
Tal como
nos anos anteriores, os
países europeus lideram
o Índice de ODS de 2024.
A Finlândia ocupa o
primeiro lugar no Índice
de ODS, seguida pela
Suécia, Dinamarca,
Alemanha e França,
países onde, no entanto,
se registam "desafios
significativos na
realização de vários ODS",
segundo os autores do
relatório.Os últimos
três lugares do
relatórios são ocupados
pelo Chade (165.º),
República Centro
Africana (166.º) e Sudão
do Sul (167.º).
Lusa
