Países da CPLP
desafiados a apostar
na digitalização da
educação
07.02.2024 -
O secretariado executivo
da Comunidade dos Países
de Língua Portuguesa (CPLP)
desafiou hoje os Estados
lusófonos a apostarem na
digitalização da
educação para
proporcionar aos
estudantes ferramentas
adequadas aos desafios
atuais. O desafio foi
lançado pelo
representante do
secretário executivo da
CPLP, na abertura da 14ª
reunião técnica dos
pontos focais da
Educação da comunidade
lusófona, que arrancou
hoje em São Tomé e
Príncipe, país que detém
a presidência pro
tempore da CPLP.
João Ima-Panzo referiu
que a reunião "inaugura
um ciclo no setor da
educação" com
realizações que serão
concretizadas no
arquipélago e em todo o
espaço da CPLP e para
isso assegurou a
disponibilidade de todos
os Estados para
"cooperar no que for
necessário para a
concretização do plano
estratégico de
cooperação multilateral
neste domínio".
O representante do
secretário executivo da
CPLP deixou o desafio
para se refletir na
digitalização da
educação", sublinhando
que "o mundo avança numa
velocidade estonteante,
bastante vertiginosa e a
educação está voltada
para o futuro" que "deve
captar para o seu seio
as tendências sociais
para a vida em sociedade
no futuro, para a
profissionalização no
futuro".
"Hoje cada vez mais a
digitalização é
requerida não só no
sentido da organização
escolar, mas é também
uma necessidade
imperiosa no sentido de
toma-la como um objetivo
pedagógico nas nossas
escolas: educar para a
digitalização, de modo a
que os nossos estudantes
tenham as ferramentas
necessárias a altura dos
desafios do seu tempo",
precisou João Ima-Panzo.
O representante do
secretariado executivo
sublinhou que "a
educação no quadro da
cooperação multilateral
da CPLP é o espaço
social no qual se faz
desabrochar o
desenvolvimento do
capital humano,
pressupondo que nela as
pessoas atinjam o seu
pleno potencial e
contribuam para o
crescimento dos povos e
o desenvolvimento
social, económico e
ambiental".
Destacou o plano
estratégico de
cooperação multilateral
em educação da CPLP para
o período 2022-2026 e o
plano de ação 2022 a
2024 que forneceu
"instrumentos
importantes para a
realização da cooperação
no domínico da
educação", registando
progressos, nomeadamente
com "o lançamento do
projeto piloto das
escolas amigas da CPLP"
para contribuir na
promoção da língua
portuguesa e os valores
da paz e da democracia
que norteiam a
organização.
Apontou ainda a
implementação de
iniciativas como o
primeiro exercício de
inspeção em educação,
bem como avanços na
produção de estatística
em educação na CPLP, que
vem cobrir a "grande
dificuldade" relativa a
"existência de dados
sistematizados sobre as
diferentes áreas". A
ministra da Educação,
Cultura e Ciências de
São Tomé e Príncipe
acrescentou que outras
ações "estão a ser
materializadas" para
reinventar "novos
caminhos e soluções" nos
sistemas educativos da
CPLP.
"Afirmamos aqui o nosso
compromisso de
continuarmos empenhados
em dar continuidade à
dinâmica que a CPLP/Educação
conheceu na presidência
angolana, reforçando os
eixos como ensino
técnico e
profissionalizante,
educação especial,
alimentação, nutrição e
saúde escolar, norteados
pelos documentos
orientadores e pelas
ações concertadas e
integradas", disse
Isabel D'Abreu.
A governante são-tomense
sublinhou que a educação
é a área mais impactante,
transformadora e segura
e de frutos duradouros"
que tem uma importância
inquestionável "como
suporte do
desenvolvimento
económico, social e
cultural, de luta contra
a pobreza e a exclusão
social".
São Tomé e Príncipe
assumiu a presidência
rotativa da CPLP em
setembro do ano passado
com o lema Juventude e
Sustentabilidade.
Angola, Brasil, Cabo
Verde, Guiné-Bissau,
Guiné Equatorial,
Moçambique, Portugal,
São Tomé e Príncipe e
Timor-Leste são os nove
Estados-membros da CPLP.