PR são-tomense
ausente na conferência
para a paz na Ucrânia

13.06.2024 -O
Presidente são-tomense
disse hoje que não
participará na
conferência para a paz
na Ucrânia agendada para
o próximo fim de semana
na Suíça, mas assegurou
que o arquipélago estará
representado, sem dizer
por quem.
"Arepresentação
do país faz-se de
diversas formas e, neste
caso concreto, o país
estará representado"
disse à Lusa, Carlos
Vila Nova, que regressou
hoje ao arquipélago,
após participar na
cimeira Coreia-África
realizada na semana
passada.
O chefe
de Estado não esclareceu
quem representará o país
na conferência
sublinhando que "nem
tudo pode ser feito ao
nível do Presidente".No
entanto, fonte do
Governo disse a Lusa que
São Tomé e Príncipe
estará representado pelo
ministro dos Negócios
Estrangeiros, Gareth
Guadalupe.
Na semana
passada, o
primeiro-ministro
são-tomense, Patrice
Trovoada não garantiu a
participação de São Tomé
e Príncipe na que se irá
realizar nos dias 15 e
16 de junho, mas
assegurou que apoia
"qualquer iniciativa de
paz"."Ainda não sabemos,
mas em princípio,
qualquer cimeira que
busca a paz nos
interessa", disse
Patrice Trovoada quando
questionado pela Lusa,
na sequência das
declarações do
primeiro-ministro de
Portugal, Luís Monte
Negro, que disse ter-lhe
sensibilizado para o
país participar na
cimeira.
Patrice
Trovoada reiterou que a
posição de São Tomé e
Príncipe face ao
conflito entre a Rússia
e Ucrânia "sempre foi a
mesma e será sempre a
mesma"."A invasão da
Ucrânia não é aceitável.
Qualquer conflito não
pode ser resolvido por
uma ação armada, mas o
facto é que estamos numa
guerra, por isso
qualquer iniciativa
também para acabar o
conflito, qualquer
iniciativa de paz,
qualquer negociação ou
solução negociada, nós
estamos interessados que
ela aconteça",
sublinhou.
"Por
conseguinte, é muito
provável que nós, de uma
maneira ou de outra
estejamos presentes na
Cimeira da Paz, mas a
decisão ainda não foi
[tomada]", referiu na
semana
passada.Questionado se o
país poderia fazer-se
representar pelo
Presidente da República
ou pelo
primeiro-ministro,
Patrice Trovoada não foi
claro.
"O país
estará [presente], eu
penso",
respondeu.Recentemente
São Tomé e Príncipe
assinou um acordo de
cooperação técnico
militar com a Rússia,
que entre outras ações
prevê a entrada de
navios e aviões de
guerra russos no
arquipélago.A informação
avançada em primeira mão
pela imprensa russa,
provocou "estranheza,
apreensão e
perplexidade" por parte
de Portugal e outros
países europeus, segundo
o ministro dos Negócios
Estrangeiros português,
Paulo Rangel.
No
entanto, após diálogo e
trocas de palavras na
comunicação social as
autoridades são-tomenses
e portuguesa afirmaram
que a relação entre os
dois países mantém-se
boas, assim como com a
União Europeia.
(Noticia ao minuto).
