ONU disponibiliza 2,3 ME
para reforma da
justiça e segurança
são-tomense

14.05.2024 -
As Nações
Unidas disponibilizaram
2,3 milhões de euros
para apoiar a reforma da
justiça e segurança em
São Tomé e Príncipe,
anunciou hoje, em São
Tomé, o presidente da
Comissão de Consolidação
da Paz.
"Nós
estamos a falar do
financiamento na ordem
de 2,5 milhões de
dólares. É uma primeira
cooperação que vai haver
entre São Tomé e a
Comissão e Fundo da
Consolidação da Paz, e
nós vamos agora fazer o
seguimento de tudo
isso", anunciou Sérgio
França Danese, após um
encontro com o
primeiro-ministro
são-tomense, Patrice
Trovoada.
Segundo o
programa da visita de
três dias, o
representante permanente
do Brasil junto da ONU,
Sérgio França Danese,
chefia uma delegação de
alto nível da Nações
Unidas que está em São
Tomé com o objetivo de
interagir com todas as
instituições que
concorrem para o sistema
da justiça e da
segurança e a sociedade
civil, bem como envolver
todos os titulares do
poder político, através
de encontros, reuniões e
auscultações, para ter
uma visão completa dos
grandes desafios e das
soluções para a reforma
da justiça e da
segurança no
arquipélago.
"Essa
missão é a continuação
de um contacto que o
Governo de São Tomé e
Príncipe teve a
iniciativa de tomar com
a Comissão de
Consolidação da Paz, que
é um órgão das Nações
Unidas que visa ajudar
os países que
voluntariamente procuram
resolver questões que
eles considerem
importantes para a
sustentabilidade, para o
seu desenvolvimento e
para a sua segurança",
sublinhou Sérgio Danese.
A
delegação pretende fazer
o seguimento da
solicitação financeira e
técnica feita pelo
primeiro-ministro
são-tomense numa reunião
realizada na sede das
Nações Unidas, em Nova
Iorque, em 15 de janeiro
deste ano.
Segundo a
ministra da Justiça,
Administração Pública e
Direitos Humanos de São
Tomé e Príncipe, o
financiamento será
destinado a alcançar
vários resultados,
incluindo a consolidação
de uma visão única no
processo de reforma da
Justiça, integrando
todos os atores, "para
que a reforma surta o
efeito desejado, que é
reforço das instituições
da Justiça, no sentido
de consolidar o processo
democrático, consolidar
a paz e que os cidadãos
sintam que têm a
resposta do sistema".
"O
segundo objetivo é agir
para reforçar as
instituições,
particularmente a
Polícia Judiciária, as
polícias ao nível
nacional, reforçar o
meio de prevenção e
transformar as nossas
polícias como forças de
pacificação",
acrescentou Ilza Amado
Vaz em declarações à
Lusa.
Outro
objetivo visa "reforçar
as capacidades dos
tribunais em vários
aspetos, para que tenham
meios e capacidade
suficiente para dirimir
os conflitos", sendo o
terceiro resultado o
envolvimento da
sociedade civil e outros
parceiros para a criação
da Comissão Nacional de
Direitos Humanos, que
"será o parceiro do
Governo para a melhoria
das condições da
justiça, mas também na
preservação dos direitos
humanos no país".Na
terça-feira de manhã, a
delegação vai realizar
um encontro de
auscultação com os
responsáveis de várias
instituições de Justiça,
Defesa e Segurança,
seguida de uma visita a
algumas das
instituições.
À tarde
será realizada uma mesa
redonda de parceiros e
doadores, com a presença
do primeiro-ministro
são-tomense, Patrice
Trovoada.Na
quarta-feira, prevê-se a
reunião com a sociedade
civil, reunião de alto
nível com a presença do
primeiro-ministro
são-tomense e a
assinatura do apoio
financeiro para apoiar a
reforma da justiça e
segurança em São Tomé e
Príncipe.
JYAF
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