Jornalistas africanos em
formação
sobre “Fact-checking”

24.04.2024 -
Rabat - Vinte e cinco
jornalistas africanos
estão a participar, de
22 a 26 de Abril, em
Rabat, Marrocos, num
seminário de formação
sobre “Fact-checking
(verificação de
factos)”, promovido pela
Federação Atlântica das
Agências Africanas de
Notícias (FAAPA).Angola
está representada pela
Agência de Notícias “ANGOP”,
por intermédio do editor
do Desk Francês, Soki
Konzo.
“O
objectivo final desta
iniciativa é criar um
enquadramento para os
jornalistas,
permitindo-lhes criar
uma formação, uma
plataforma especializada
na verificação de
informação e conteúdos
multimédia, bem como o
desenvolvimento de "um
guia sobre
''Fact-Checking'' com um
com vista à sua
disponibilização aos
jornalistas das agências
noticiosas
africanas",Neste
seminário participaram
25 países incluindo
quatro país Africano:
São Tomé Angola, cabo
verde e Guiné Bissau.
No seu discurso de
abertura, o presidente
da FAAPA e
director-geral da
Agência Marroquina de
Notícias (MAP), Fouad
Arif, destacou a
importância da acção
formativa para a
capacitação dos
jornalistas em termos de
“Fact-Checking”,
permitindo-lhes adquirir
os conhecimentos
teóricos e as
competências práticas
necessárias para
verificar os factos e
lutar contra as fake
news e outros rumores.De
acordo com o
responsável, a formação
vai reforçar a
resiliência dos
jornalistas face à
desinformação e
incentivá-los a
partilhar experiências
na verificação dos
factos.
O presidente da FAAPA
destacou ainda a
relevância do tema
escolhido para o evento
que reflecte a
importância que a
instituição atribui ao
reforço de capacidades,
competências e trocas de
experiências entre
jornalistas das Agências
Africanas de Notícias
sobre uma temática que
preocupa todos os
profissionais de
comunicação social.
Segundo Fouad Arif, “o
actual panorama
mediático é
caracterizado pelo
impacto das redes
sociais que contribuem
para a proliferação de
notícias falsas”.Como
resultado, acrescentou
que as agências
africanas de notícias
são hoje chamadas, como
parte de uma nova
dinâmica, a adaptarem-se
às profundas mudanças
que estão a ocorrer no
seio da comunicação
social.
“Neste contexto, estas
agências devem atribuir
fundamental importância
à troca de experiências,
à partilha de
conhecimento, para
enfrentarem, como fontes
credíveis, os novos
desafios e o fenómeno
das notícias falsas”,
recomendou o presidente
da FAAPA.
Apelou também aos
jornalistas das agências
africanas de notícias
membros da FAAPA para
que estejam vigilantes
no processo de recolha,
processamento e
divulgação de informação
através da aplicação de
técnicas de “verificação
de factos”, a fim de
combater este fenómeno.
“É por isso que espero
que este seminário de
formação resulte na
criação de uma rede
activa de verificadores
de factos dentro da
instituição FAAPA e nas
vossas respectivas
redacções para
fortalecer a coordenação
entre os membros da
FAAPA nesta área, ”
concluiu.
Durante cinco dias, os
partipantes vão
aprimorar os seus
conhecimentos em
matérias relacionadas ao
''Fact-Checking'', as
ferramentas e técnicas
de ''Fact-Checking'', as
práticas de escrita de
''Fact-Checking'' ,
''Verificação de
factos'', ''A
metodologia'', bem como
as funções e missões da
''Verificação de
factos''.
Profissionais instados a
respeitar “Fact-checking
”Com o
fito de os jornalistas
respeitarem princípios e
exigências de
Fact-checking e lutarem
contra as fakes news na
era da desinformação, o
editor-chefe da Agência
de Burkina Faso (AIB),
Tilado Apollinaire Abga,
defendeu no seminário a
necessidade da
verificação e análise
dos factos antes de
serem divulgados.
De acordo
com o palestrante, os
jornalistas devem
analisar tudo e divulgar
apenas os factos que
podem promover a paz, a
democracia e a coesão
social no continente
africano.
Apontou a
necessidade de
aprimorar-se os
conhecimentos sobre as
técnicas de
Fact-checking que
defedem o rigor, a
transparência e a
independência como
factor prepoderante para
um jornalismo de
qualidade.
Para
Tilado Abga, o desk de
Fact-cheching deve
funcionar a nível das
redacções para valorizar
o papel do jornalismo da
agência que actualmente
confronta as fakes news
veiculadas
particularmente pelas
redes sociais.
Com esta
acção formativa, a
Federação Atlântica das
Agências Africanas de
Notícias pretende
reforçar as competências
dos jornalistas em
matéria de Fact-checking
e consolidar os seus
conhecimentos para
dominar as técnicas de
verificação da
fiabilidade da
informação e lutar
contra as fake news.
BS/ADR
