Mais de mil estudantes
são-tomenses tiveram
visto
para cursos
profissionais em
Portugal

24/11/2025
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O embaixador de Portugal
em São Tomé revelou hoje
que mais de mil
estudantes são-tomenses
receberam vistos para
cursos técnicos
profissionais em
Portugal, e que o
consulado reforçou
medidas para acelerar o
processamento de quase
400 pedidos pendentes.
Segundo Luís Leandro da
Silva, a secção consular
portuguesa em São Tomé
está a trabalhar aos
sábados, em regime de
horas extraordinárias,
“com objetivo de
acelerar a análise e
processamento,
exclusivamente dos
vistos para o ensino
técnico profissional”,
prevendo a conclusão dos
pedidos pendentes nas
próximas três semanas.
O embaixador português
falava num encontro
promovido pelo
Ministério da Educação
de São Tomé e Príncipe
face a reclamações de
pais devido ao atraso em
muitos processos.
Luís Leandro da Silva,
anunciou ainda que uma
reorganização da secção
consular no próximo ano
para “dar uma prioridade
acrescida a estes tipos
de vistos”, que “têm uma
natureza específica”,
porque os “alunos devem
começar o ano letivo a
tempo”.Para isso, apelou
aos encarregados de
educação e as
autoridades são-tomenses
para apresentar as
listas de alunos
interessados a estudar
em Portugal, entre maio
e agosto, e não em
setembro, como tem
acontecido até ao
momento.
“As aulas começam a
partir de setembro e nós
estamos a receber
imensos pedidos nos
meses de setembro,
outubro e novembro,
portanto, já dentro do
período escolar. Isso
não faz muito sentido, é
prejudicial também aos
próprios alunos”,
sublinhou o diplomata
português.
Segundo Luís Leandro da
Silva, outro motivo que
tem atrasado alguns
processos prendem-se com
o comprimento dos
critérios exigidos,
nomeadamente as
condições de quem assina
o termo de
responsabilidade para
com os estudantes em
Portugal.
“Os termos têm que ser
assinados por quem tem
efetivamente
possibilidade de
garantir o alojamento, a
alimentação e o encargo
de subsistência ao
requerente do visto”,
sublinhou Luís Leandro
da Silva, sublinhando
que o subscritor tem de
ter o rendimento de
salário mínimo
arredondando para 900
euros, mais 400 euros
para cada um dos
dependentes ou pessoas
que se responsabiliza.
A ministra da Educação
de São Tomé e Príncipe
disse durante o encontro
que sabe que “as pessoas
compram o termo” de
responsabilidade, e os
estudantes quando chegam
em Portugal são
confrontados com
perguntas logo na
fronteira, e quando se
liga às pessoas que
assinam os termos elas
não atendem e por este
motivo “muitos
estudantes foram
repatriados para São
Tomé”.
Isabel acrescentou que
sabe também que os pais
pagam as associações em
São Tomé que fazem as
matrículas dos
estudantes nas escolas
portuguesas sem
conhecerem as condições
daquelas instituições de
ensino.Segundo a
ministra, uma missão do
Ministério esteve em
Portugal e constatou,
mediante fotos e vídeos
de muitos estudantes que
estão desmotivados,
porque “foram prometidas
umas condições e eles
chegaram lá, viram as
coisas diferentes”.
JYAF // RBFLusa/Fim
