Moçambique e São Tomé e
Príncipe entram
na Missão 300 para
eletrificar África

25.09.2026 -
“No Fórum Global de
Filantropias Bloomberg,
os Compactos Nacionais
de Energia, planos
práticos que orientam a
despesa pública,
desencadeiam reformas e
atraem capital privado,
foram aprovados por
Benim, Botsuana,
Burundi, Camarões,
Comores, República do
Congo, Etiópia, Gâmbia,
Gana, Guiné, Quénia,
Lesoto, Moçambique,
Namíbia, São Tomé e
Príncipe, Serra Leoa e
Togo”, lê-se no
comunicado das duas
entidades.
Moçambique e São Tomé e
Príncipe aderiram hoje,
juntamente com mais 15
países africanos, aos
Compactos Nacionais de
Energia, no âmbito da
Missão 300, que visa dar
eletricidade a 300
milhões de africanos até
2030.
“No Fórum Global de
Filantropias Bloomberg,
os Compactos Nacionais
de Energia, planos
práticos que orientam a
despesa pública,
desencadeiam reformas e
atraem capital privado,
foram aprovados por
Benim, Botsuana,
Burundi, Camarões,
Comores, República do
Congo, Etiópia, Gâmbia,
Gana, Guiné, Quénia,
Lesoto, Moçambique,
Namíbia, São Tomé e
Príncipe, Serra Leoa e
Togo”, lê-se no
comunicado das duas
entidades.
“A eletricidade é a base
do emprego, das
oportunidades e do
crescimento económico”,
afirmou o presidente do
Grupo Banco Mundial,
Ajay Banga, citado no
documento, no qual
acrescenta que a Missão
300, a iniciativa que
tem como objetivo ligar
300 milhões de africanos
à eletricidade até 2030,
“está a promover
reformas duradouras que
reduzem custos,
fortalecem os serviços
públicos e atraem
investimentos privados”.
“Energia confiável e
acessível é o
multiplicador mais
rápido para pequenas e
médias empresas,
processamento agrícola,
trabalho digital e valor
agregado industrial”,
afirmou o presidente do
Grupo Banco Africano de
Desenvolvimento, Sidi
Ould Tah, explicando que
dar energia a um
empreendedor africano é
igual a garantir-lhe um
salário.
Para o Presidente de
Moçambique, Daniel
Chapo, o país “está no
caminho certo para
atingir as metas da
Missão 300 e consolidar
o [seu] papel como
potência regional
através da exportação da
[sua] energia abundante,
acessível e
limpa”.Também citado no
comunicado, o
primeiro-ministro de São
Tomé e Príncipe,
Américo Ramos, afirma
que “o Compacto oferece
uma estrutura inovadora
para impulsionar um
modelo sustentável e
inclusivo de crescimento
económico para os
são-tomenses” e
acrescenta: “Estamos a
implementar reformas
sólidas e a desenvolver
modelos de negócio
inovadores para angariar
190 milhões de dólares
(161 milhões de euros)
do setor privado para
financiar este objetivo”.
Desde o lançamento da
Missão 300, no princípio
do ano passado, cerca de
30 milhões de pessoas já
foram ligadas à
eletricidade, havendo
mais de 100 milhões de
pessoas abrangidas pela
fase de planeamento.
A Missão 300 é um
projeto dos dois bancos
e está assente nos
Compactos nacionais, que
são um conjunto de
medidas desenvolvidas e
aprovadas pelos governos
com o apoio técnico de
parceiros de
desenvolvimento,
adaptados ao contexto de
cada país, e assentes em
reformas nas áreas das
infraestruturas,
financiamento e
políticas.
No início deste ano,
durante a Cimeira
Africana da Energia, os
Compactos de Energia já
tinham sido aprovados
pelo Chade, Costa do
Marfim, República
Democrática do Congo,
Libéria, Madagáscar,
Maláui, Mauritânia,
Níger, Nigéria, Senegal,
Tanzânia e Zâmbia, que
se comprometeram a tomar
mais de 400 medidas de
política para fortalecer
os serviços públicos,
reduzir o risco para os
investidores e eliminar
estrangulamentos na
economia, de acordo com
o comunicado dos dois
bancos.
