São Tomé denuncia
negócio de envio de
alunos para formação em
Portugal

12.03.2025 -
A ministra da Educação
são-tomense denunciou
hoje um alegado negócio
de envio de estudantes
para formação
profissional em escolas
de Portugal que "não têm
condições mínimas" e
prometeu medidas para
"pôr cobro a essa
situação".
"Nesses últimos anos, a
imagem de São Tomé e
Príncipe tem-se
degradado de uma forma
que nós temos que pôr
cobro a essa situação e
responsabilizar as
pessoas que enviam os
estudantes,
principalmente para
Portugal [...].
Alguns até, eu não tenho
problemas em dizer, que
fazem negócio com essa
inscrição dos estudantes
em formações
profissionais. As
escolas não têm
condições mínimas nem de
alojamento, nem dos
materiais", apontou
Isabel Abreu.
A ministra de São Tomé e
Príncipe falava no final
de um encontro com
representantes de
associações, fundações e
outras instituições e
pessoas que têm
promovido o envio de
estudantes são-tomenses
para Portugal.
A ministra da Educação
admitiu que "tem havido
muitos problemas com
jovens estudantes no
exterior do país,
principalmente aqueles
que vão fazer formação
técnica profissional" em
Portugal.
A preocupação foi
analisada no Conselho de
Ministros da semana
passada, que orientou a
ministra da Educação a
adotar medidas para o
melhor seguimento destes
processos."Os estudantes
que vão não são
preparados, não há
nenhum encontro. Eles
fazem inscrição e os
pais também sacrificam,
vendem tudo. Pouco que
têm, eles compram termos
de responsabilidade,
compram bilhetes de
passagem e os meninos
vão", apontou a
ministra.
Isabel Abreu sublinhou
que "nem todos concluem
a formação para o
regresso, nem tão pouco
para o seu
futuro"."Queremos
estabelecer critérios
para a saída doravante
dos estudantes [...]. Já
criámos um gabinete do
Ministério da Educação
[em] que todos os
processos passarão por
cá", adiantou Isabel
Abreu.
Por Lusa
