Pescadores alertam para
impacto da escassez
de peixe em
São Tomé e Príncipe

27.02.2025 - Há
uma acentuada escassez
de peixe nas águas
marítimas de São Tomé e
Príncipe, os factores
são diversos, alguns dos
quais, prendem-se com
alterações climáticas,
pesca irresponsável e
ilegal.
"A nossa pesca hoje em
dia já não está como a
pesca antiga,
anteriormente havia
menos pescadores e mais
peixes, e hoje tem mais
pescadores e menos
peixes, disse o pescador
João Pinto" reafirmando
que pescadores de São
Tomé e Príncipe lutam
diariamente contra a
escassez do pescado.
Nós temos 250 milhas
fora de terra para alto
mar, barco vem 20 até 12
milhas fazer cerco de
peixes, antigamente não
iríamos pescar com 60
litros de gasolina",
disse João Pinto,
sublinhando que no ano a
traz iríamos com 25
litros de gasolina e
regressamos com metade
de gasolina e com
peixes, hoje levamos 60
a 90 litros para pesca,
devido os barcos que
cercam varias toneladas
de peixe", muitas vezes,
voltam “de mãos a
abanar”, isso prejudica
pescadores, palaiês,
filhos de pescadores e
população de São Tomé e
Príncipe".
Por sua vez, o pescador
Herlander Bonfim,
pescador de mergulho,
que labuta todos os dias
neste sector, falou à
imprensa, num tom de voz
de revolta,
adiantou que, "eu pesco
á mais de dez anos, eu
faço pesca artesanal,
submarino e também pesca
de linha, quando forma
mau tempo eu fico em
casa e isso é minha
preocupação.
Segundo avançou,
Maximiano Almeida,
uma das maiores
dificuldades que tem
enfrentado, devido
o "cerco dos barcos
estrangeiros que exercem
as suas actividades
piscatórias nas nossas
águas, consequência do
acordo internacional
entre São Tomé e
Príncipe e outros países
que há escassez do
pescado no arquipélago.
Os pescadores que
dedicam a sua vida nas
pescas labutam
diariamente enfrentando
o desafio do mar com
sacrifício e resiliência
para sustento de
milhares famílias.
Neste âmbito, desde
2018, um conjunto de
ONGs activas na área da
protecção do meio
ambiente, nomeadamente a
'Oikos', a 'Fauna e
Flora Internacional', a
'Fundação Príncipe' e a
'Marapa' têm efectuado
um trabalho de campo
juntamente com os
actores do sector, os
pescadores e as palaiês,
as vendedoras ambulantes
de peixe, no sentido de
definir áreas a serem
protegidas e modos
alternativos de
complementar os
rendimentos da pesca.
Por: José
Rocha
