China constrói centro de
comando militar
dez vezes maior que o
Pentágono
31.01.2025 -
O jornal britânico
Financial Times (FT)
avançou esta sexta-feira
que a China está a
construir, a oeste da
capital, um complexo
militar dez vezes maior
do que o Pentágono, o
Departamento da Defesa
dos Estados Unidos.
De acordo com imagens de
satélite e análises de
inteligência divulgadas
pelo jornal, as obras
começaram em 2024, a
cerca de 30 quilómetros
a sudoeste de Pequim e
estendem-se por uma área
de mais de seis
quilómetros quadrados, o
que o tornaria o maior
centro de comando
militar do mundo.
As fotos apontam ainda
para a existência de
fossos profundos na
zona, que, de acordo com
especialistas,
demonstram a construção
de grandes bunkers
reforçados que poderão
albergar os líderes
chineses em caso de
conflito, incluindo uma
hipotética guerra
nuclear."
A análise das imagens
sugere a construção de
várias possíveis
instalações subterrâneas
ligadas por passagens,
embora sejam necessários
mais dados e informações
para avaliar
completamente esta
construção", explicou o
analista Renny Babiarz,
da empresa AllSource
Analysis.
O FT referiu que junto
ao local há placas a
proibir tirar
fotografias ou a
operação de drones,
embora não haja uma
presença militar visível
nem qualquer menção ao
projeto na Internet, que
é fortemente censurada
na China.Um antigo
oficial dos serviços de
informação dos EUA, não
identificado, disse ao
FT que a atual sede do
exército chinês, situda
no centro de Pequim, é
relativamente moderna,
mas não foi concebida
para atuar como centro
de comando seguro.
Modernizar é a palavra
de ordem
"O
principal centro de
comando seguro (...) foi
construído há décadas,
no auge da Guerra Fria.
A dimensão, a escala e
as características
parcialmente
subterrâneas da nova
instalação sugerem que
irá substituir a (atual
sede) como principal
centro de comando em
tempo de guerra", disse
a mesma fonte.
Dennis
Wilder, antigo analista
da principal agência de
inteligência
norte-americana, a CIA,
para a China, disse que
"a confirmar-se, este
novo bunker de comando
subterrâneo avançado
para líderes militares
(...) sinaliza a
intenção de Pequim de
construir não só forças
(armadas) convencionais
de classe mundial, mas
também a capacidade
avançada de travar uma
guerra nuclear".
O FT
recordou que, de acordo
com os serviços de
informação dos EUA, o
exército chinês está a
desenvolver novas armas
e projetos tendo como
meta o seu centenário,
em 2027.
Os
serviços de informação
norte-americanos alegam
que o líder chinês, Xi
Jinping, terá ordenado
que o exército criasse,
até 2027, as condições
necessárias para lançar
uma hipotética invasão
de Taiwan. A China
considera Taiwan parte
do seu território e
ameaçou recorrer à
força, se necessário,
para colocar a ilha,
governada de forma
autónoma desde 1949,
novamente sob o seu
controlo.
Lusa