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Grupo Lusófona avalia criar ensino profissional

em Angola e Cabo Verde

27.01.2025 - O Grupo Lusófona deverá criar em breve em Angola e em Cabo Verde estabelecimentos de ensino profissional, correspondendo ao interesse das autoridades dos dois países, disse à Lusa a fundadora, Teresa Damásio. Fundadora e administrado  do Grupo Lusófona, Teresa Damásio destaca que aqueles dois países têm necessidade de mão-de-obra qualificada para a indústria e para os serviços.

As autoridades angolanas e cabo-verdianas "têm demonstrado, efetivamente, muito interesse neste tipo de ensino. Começa a haver um tecido empresarial e mesmo necessidades industriais diferentes nas várias regiões" de Angola e Cabo Verde pelo que "obviamente que o ensino profissional começa a ser muito necessário", na medida em que "é fundamental um bom ensino profissional para uma boa economia".A criação de estabelecimentos de formação profissional em Angola e Cabo Verde replica o que o Grupo Lusófona já tem em Moçambique e Cabo Verde.

Autora do livro "O Estado das Coisas -- Visões Sobre a Igualdade, o Ensino e o Estado do País em geral", Teresa Damásio apresenta nesta sua obra as suas reflexões sobre temas como gestão e liderança, política, educação, igualdade de género e cooperação com África.

Com cerca de 27 mil alunos a frequentar atualmente diferentes graus de ensino, em estabelecimentos de ensino superior e médio nos países de língua portuguesa, à exceção de São Tomé e Príncipe e de Timor-Leste, o Grupo Lusófona já formou cerca de 30 mil sendo o "grupo que tem as maiores escolas profissionais em Portugal", destacou.

Teresa Damásio reconhece que a fuga de cérebros é um problema, designadamente em Cabo Verde."Nós trabalhamos para que isso não aconteça, não é? E, portanto, nós qualificamos as pessoas para que isso não aconteça. Eu diria que em Cabo Verde isso é um problema, de facto, completamente espelhado nos estudos científicos e nas estatísticas", destaca.

"Cabo Verde tem um problema muito grave, assumido pelas autoridades cabo-verdianas, que os jovens saem todos de Cabo Verde para virem estudar para fora", acrescenta. Teresa Damásio anuncia que a Câmara Municipal do Mindelo, a segunda cidade do país, já deu terrenos ao Grupo Lusófona para a construção de uma residência universitária."Aquilo que nós entendemos é que Cabo Verde tem a situação geopolítica, geoestratégica, perfeita para acolher alunos da África Ocidental", afirma.

Ao contrário de Cabo Verde, na Guiné-Bissau a fuga de cérebros não se verifica."É muito curioso. Os quadros querem sempre voltar à Guiné, ou seja, aquela questão da 'guineendade'", salienta Teresa Damásio, referindo-se ao conceito de identidade nacional, à vivência sociocultural do guineense ou à língua crioula."Portanto, aquele sentimento muito forte de pertença que os guineenses têm, efetivamente sente-se.

E, por isso, é que eu entendo, eu e o nosso Grupo, entende que quando se olha para a Guiné-Bissau, tem que se perceber que a Guiné foi e deverá continuar a ser um parceiro de excelência no seio da CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa]", frisa.

Teresa Damásio considera que tal se deve à localização geográfica do país, encravado numa região esmagadoramente francófona."A Guiné é um país da CEDEAO [Comunidade económica dos Estados da África Ocidental], é um país da UEMOA [União Monetária e Económica da África Ocidental]. Ou seja, a pressão francófona na Guiné-Bissau leva a que o Estado, as autoridades e todos os agentes económicos devam ter uma enorme preocupação em consolidar os laços" com Portugal.

EL // VMLusa/Fim

 

 

 

 

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