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Leitão Amaro recorda Mário Soares como exemplo da

tolerância de que a democracia precisa

09.12.2024 - O ministro representou este sábado o Governo na sessão evocativa que assinala o centenário do nascimento de Mário Soares, que decorreu na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. Leitão Amaro desdramatizou a ausência de Luís Montenegro, recordando que o primeiro-ministro esteve na cerimónia no Parlamento e assinou um artigo no "Público"

O ministro dos Assuntos Parlamentares defendeu este sábado que a democracia portuguesa precisa do "espírito dos que lutam pelo bem comum, com tolerância", considerando que essa foi uma das principais mensagens deixadas pelo histórico socialista Mário Soares."Uma das palavras e uma das mensagens principais e testemunhos da sua vida foi o da tolerância. E eu acho que esta é uma ideia que devemos cultivar mesmo nas nossas diferenças: respeitar quem lutou pela democracia, por um país melhor, pela liberdade, com tolerância.

Acho que a democracia portuguesa precisa desse espírito, dos que lutam pelo bem comum, com tolerância, discordando por vezes - e nós discordámos várias vezes de escolhas de Mário Soares. Deve-nos unir aquilo que é mais importante que é a defesa do povo português", considerou.

António Leitão Amaro representou este sábado o Governo na sessão evocativa que assinala o centenário do nascimento de Mário Soares, que decorreu na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, num auditório com lotação esgotada, onde discursaram o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, e o chefe de Estado de Cabo Verde, José Maria Neves.

Interrogado sobre o porquê de o primeiro-ministro não ter estado presente, Leitão Amaro desdramatizou, lembrando que Luís Montenegro esteve na sessão solene evocativa na Assembleia da República na sexta-feira e foi autor de um artigo no jornal "Público" sobre o tema.

Leitão Amaro acrescentou que o Governo vai continuar a associar-se no apoio a várias iniciativas de celebração dos 100 anos do nascimento de Mário Soares, lembrando-o como "uma das personalidades mais importantes e que mais contribuiu para a democracia portuguesa".

"Podemos, vários de nós, em vários momentos, discordar de algumas opções, mas o contributo para que Portugal seja uma democracia, tenha vencido uma ditadura e depois a tentação de uma nova ditadura na sequência da Revolução Democrática deve também e muito a Mário Soares", sublinhou.

Além de Marcelo Rebelo de Sousa e de António Costa, na sessão comemorativa do centenário dos cem anos de Mário Soares esteve também presente o antigo Presidente da República Aníbal Cavaco Silva, entre outras personalidades.

 

 

 

 

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