Preço de eletricidade
começa a subir
em São Tomé e Príncipe
06.01.2025 -
O preço
de eletricidade começa a
subir hoje em São Tomé e
Príncipe e atingirá 20%
até 2030, anunciou a
Empresa de Água e
Eletricidade (Emae),
assegurando a
preocupação "para não
encarecer mais" a vida
dos consumidores.
"Tomámos
em atenção o consumo
doméstico, para não
encarecer mais a vida
das pessoas, pese embora
ter que haver essa
atualização de tarifas,
e entendemos que, na
categoria de domésticos,
se nós pouparmos um
pouco mais, vamos pagar
menos. Se consumirmos
mais, vamos pagar mais",
disse Raúl Cravid,
adiantando que no
primeiro escalão da
classe doméstica,
"retirou-se a taxa de
uso, que vai também
beneficiar um pouco
mais" este grupo, com
consumo entre 0 a 50
quilowatt (kWh).Segundo
o diretor-geral da Emae,
"o aumento já deveria
acontecer há muito
tempo", desde 2007, data
da última atualização da
tarifas, e tendo em
conta o aumento do preço
do combustível nos
últimos anos, mas
acontece agora "por
orientações" do Fundo
Monetário Internacional
(FMI) e do Banco Mundial
(BM)."Compreenderão que
produzir energia com o
consumo todo diário que
temos de gasóleo e
vender a energia ao
preço que vendemos, ela
não é sustentável [...]
seria completamente
insustentável e ninguém
faria um negócio dessa
natureza", sublinhou
Raúl Cravid.
A
atualização das tarifas
também visa a garantia
da sustentabilidade da
Emae, que tem sido
apontada como uma
empresa falida
financeiramente."Os que
conhecem o custo de
produção de eletricidade
sabem que a Emae é uma
empresa a este ritmo
falida, insustentável.
Bem, fazemos o quê?
O que é
que vamos fazer se
continuarmos nesse
ritmo? Corremos o risco,
daqui a mais algum
tempo, não ter sequer
dinheiro para poder
comprar o gasóleo.",
apontou Raúl Cravid.O
diretor-geral da Emae
defendeu a necessidade
de se apostar na
"produção de energias
renováveis, energias
limpas", nomeadamente as
fotovoltaicas e
hidroelétrica para
aumentar a produção de
eletricidade, "não
dependendo muito do
gasóleo".
Outra
medida apontada é o
combate ao roubo de
energia em muitas
localidades de São Tomé
e Príncipe, em que os
populares tentam agredir
os técnicos da Emae,
assim como a melhoria da
cobrança das dívidas."Eu
espero bem que a justiça
também nos ajude a
combater esse flagelo
[roubo de eletricidade].
Em
relação aos maus
pagadores, eu tenho a
certeza que eles vão
encontrar novas medidas,
um pouco mais
endurecidas e vão ter
que pagar a energia que
devem. Vamos ter ações
um pouco mais musculadas
nesse sentido", adiantou
Raúl Cravid. O diretor
da Emae destacou que a
empresa já 30 mil
contadores pré-pagos qe
pretende instalar em
todo o país nos próximos
tempos para por fim às
novas dívidas.
Lusa