Exportações chinesas
para os países lusófonos
atingem novo recorde
06.01.2025 -
As
exportações chinesas
para os países de língua
portuguesa aumentaram
17,4% nos primeiros 11
meses de 2024, em
comparação com igual
período do ano anterior,
e atingiram um novo
recorde, indicam dados
oficiais.
De acordo
com dados dos Serviços
de Alfândega da China,
as mercadorias vendidas
para os mercados
lusófonos até novembro
atingiram 78,7 mil
milhões de dólares (76
mil milhões de
euros).Este é o valor
mais elevado desde que o
Fórum para a Cooperação
Económica e Comercial
entre a China e os
Países de Língua
Portuguesa (Fórum de
Macau) começou a
apresentar estes dados,
em 2013.
O
anterior recorde anual,
de 73,4 mil milhões de
dólares (70,9 mil
milhões de euros), foi
fixado em 2023.Os dados
divulgados na
quinta-feira revelam que
o Brasil foi o maior
comprador no bloco
lusófono, com
importações vindas da
China a atingirem 66,5
mil milhões de dólares
(64,2 mil milhões de
euros), uma subida de
23,5% em termos anuais.
Em
segundo na lista vem
Portugal, que comprou à
China mercadorias no
valor de 5,54 mil
milhões de dólares (5,35
mil milhões de euros),
mais 3,6% do que nos
primeiros 11 meses de
2023.Na direção oposta,
as exportações lusófonas
para a China caíram 2,3%
até novembro, para 129,9
mil milhões de dólares
(125,5 mil milhões de
euros).
Os dados
mostram que a descida se
deveu sobretudo ao maior
fornecedor lusófono do
mercado chinês, o
Brasil, cujas vendas
caíram 2,2% para 108,3
mil milhões de dólares
(104,6 mil milhões de
euros).Além disso,
também o segundo maior
parceiro comercial
chinês no bloco
lusófono, Angola, viu as
exportações decrescerem
4,5% para 16,2 mil
milhões de dólares (15,6
mil milhões de euros)
nos primeiros 11 meses
de 2024.Pelo contrário,
as vendas de mercadorias
de Portugal para a China
aumentaram 11,2% para
2,88 mil milhões de
dólares (2,78 mil
milhões de euros),
enquanto as exportações
de Moçambique subiram
6,6% para 1,62 mil
milhões de dólares (1,56
mil milhões de euros).
Já as
exportações da Guiné
Equatorial para o
mercado chinês desceram
13,8%, para 972,9
milhões de dólares
(939,7 milhões de
euros), enquanto as
vendas de Timor-Leste
(menos 99,1%), Cabo
Verde (menos 81,9%) e
São Tomé e Príncipe
(menos 70,7%) também
caíram em comparação com
o período entre janeiro
e novembro de 2023.As
exportações da
Guiné-Bissau para a
China mantiveram-se
inalteradas nos
primeiros 11 meses de
2024, embora o país não
tenha vendido mais de
mil dólares (cerca de
966 euros) em
mercadorias.
Apesar do
novo recorde das
exportações chinesas e
da queda no lado dos
países de língua
portuguesa, a China
registou um défice
comercial de 51,2 mil
milhões de dólares (49,5
mil milhões de euros)
com o bloco lusófono no
período entre janeiro e
novembro.
Ao todo,
as trocas comerciais
entre os países de
língua portuguesa e a
China atingiram 208,6
mil milhões de dólares
(201,6 mil milhões de
euros) entre janeiro e
novembro, mais 4,3% do
que em igual período de
2023.
VQ (EJ/CAD) // VMLusa/Fim