Guiné-Bissau assume
presidência rotativa
da
CPLP para o biénio
2026-2028

19.07.2025 -
Presidente Umaro Sissoco
Embaló ofereceu um
jantar aos homólogos,
onde condecorou José
Ramos-Horta, Presidente
de Timor-Leste, com a
mais alta distinção do
país, a Medalha de
Amílcar Cabral.
A República da
Guiné-Bissau assumiu
nesta Sexta-feira, 18, a
presidência rotativa da
Comunidade dos Países de
Língua Portuguesa (CPLP)
para o biénio 2026-2028,
substituindo São Tomé e
Príncipe, sob a égide de
Carlos Vila Nova. Fátima
Jardim, ex-ministra e
diplomata de carreira, é
a nova
secretária-executiva da
CPLP, indicada por
Angola.
Na última Quinta-feira,
17, dia que marcou a
chegada das mais altas
figuras dos
Estados-membros, Umaro
Sissoco Embaló ofereceu
um jantar aos homólogos,
onde condecorou José
Ramos-Horta, Presidente
de Timor-Leste, com a
mais alta distinção do
país, a Medalha de
Amílcar Cabral, que
serviu também para a
comemoração do 29.º
aniversário da criação
da CPLP, no palácio da
República da
Guiné-Bissau.
Entretanto, o último dia
da cimeira foi marcado
pela ausência de Angola,
Guiné Equatorial e
Portugal, que pela
primeira vez não se
fizram representar ao
mais alto nível. Durante
a cimeira de Bissau, que
decorreu sob o lema “A
CPLP e a Soberania
Alimentar:
Um Caminho para o
Desenvolvimento
Sustentável”, os debates
estenderam-se a inúmeras
preocupações, mas
esperava-se um maior
enfoque em torno do
Acordo de Mobilidade
entre os
Estados-membros,
assinado a 17 de Julho,
em Luanda, que se vê
agora condicionado com a
nova lei sobre a
Imigração aprovada
recentemente em
Portugal.

O ex-Presidente de
Moçambique, Joaquim
Chissano, e o actual
Presidente do Senegal,
Bassiro Diomay Faye,
fizeram-se presentes
como convidados de honra
nesta reunião magna.
Entretanto, durante a
votação da agenda de
trabalhos, Portugal
opôs-se à inclusão do
direito dos
palestinianos a comer,
tema que gerou algum
desconforto, tanto no
seio da Cimeira, bem
como na comunidade
portuguesa que defendem
os direitos humanos.
A nova directora-geral
da cooperação
internacional e ponto
focal da CPLP, Maria
Domingas Pinto Cardoso,
na sua declaração,
prometeu tudo fazer para
aproximar cada vez mais
os cidadãos lusófonos.
“Contem comigo para tudo
fazer para aproximar os
cidadãos da língua
portuguesa, no sentido
de tornar a organização
mais dinâmica e reforçar
o seu papel no cenário
internacional”, referiu.
Depois do discurso que
declarou a abertura da
sessão de trabalho pelo
anfitrião,
Carlos Vila Nova, chefe
de Estado sãotomense,
tomou a palavra, antes
de passar o testemunho à
Guiné-Bissau. Vila Nova
agradeceu o “caloroso
acolhimento” do país
anfitrião “que emana
cultura e tradição em
toda a recepção”, tendo
passado o lema ao seu
homólogo guineense “com
o sentimento de dever
cumprido”, mesmo sabendo
dos desafios, “mas .
“O objectivo sempre foi
convergir os povos sob o
lema ‘juventude e
sustentabilidade na
CPLP’, tendo os pés no
presente, mas com os
olhos no futuro”,
frisou. “Tenho a honra
agora de passar a
presidência ao Umaro
Sissoco Embaló,
acreditando que estará
bem entregue. No
entanto, São Tomé e
Príncipe continuará fiel
aos princípios da CPLP e
a colaborar com a
Guiné-Bissau”, garantiu
Carlos Vila Nova.
Ao tomar posse como novo
presidente da CPLP,
Umaro Sissoco Embaló
falou da necessidade de
se fortalecer o que une
e de enfrentar juntos os
desafios comuns, ao
desenvolvimento
sustentável, a educação,
as mudanças climáticas,
inclusão digital e
elegeu os três pilares,
que considerou
“fundamentais”, em que
se irão nortear a sua
presidência
.De acordo com o líder
guineense, o mandado da
Guiné-Bissau na
presidência da CPLP se
focará em “aprofundar a
cooperação política e
diplomática para a
defesa da paz, da
democracia e do
multilateralismo nas
respectivas regiões e no
plano global”; “promover
a integração económica e
empresarial nos países
lusófonos”; bem como em
valorizar o património
cultural e linguístico,
promovendo a língua
portuguesa como
instrumento global de
conhecimento de
identidade de conexão”.
Forbes-AL
