Moçambique.
CPLP apela à
serenidade e
disponibiliza-se
para apoiar
a paz
29.12.2024 -
A Comunidade
dos Países
de Língua
Portuguesa
(CPLP)
apelou hoje
às partes
envolvidas
no processo
eleitoral em
Moçambique
para que
"ajam com
serenidade e
responsabilidade"
e
disponibilizou-se
para apoiar
iniciativas
que promovam
a paz e a
estabilidade.
Em
comunicado,
a
presidência
rotativa da
CPLP, a
cargo de São
Tomé e
Príncipe,
afirmou
estar a
acompanhar
os
resultados
definitivos
anunciados
pelo
Conselho
Constitucional
(CC) da
República de
Moçambique,
que
confirmaram
Daniel Chapo
como
Presidente
eleito,
assim como
os recentes
acontecimentos
marcados por
manifestações
e episódios
de violência
após as
eleições de
09 de
outubro
deste ano.
O CC de
Moçambique
proclamou
hoje Daniel
Chapo,
candidato
apoiado pela
Frente de
Libertação
de
Moçambique (Frelimo),
como
vencedor da
eleição a
Presidente
da
República,
com 65,17%
dos votos,
sucedendo no
cargo a
Filipe
Nyusi.
A
organização
lusófona
apelou "a
todas as
partes
envolvidas
para que
ajam com
serenidade e
responsabilidade,
priorizando
o diálogo
construtivo
como o
caminho mais
eficaz para
superar as
diferenças e
promover a
estabilidade".
"Dada a
forte
relação
histórica,
cultural e
de amizade
com o povo
moçambicano,
a CPLP
expressa a
sua
solidariedade
a todos os
cidadãos
neste
momento
sensível",
prossegue-se
no
comunicado.
A CPLP
manifestou
ainda a sua
disponibilidade
para "apoiar
iniciativas
que promovam
a paz, a
estabilidade
e os valores
democráticos".De
acordo com a
proclamação
feita,
Venâncio
Mondlane
obteve
24,19% dos
votos,
Ossufo
Momade 6,62%
e Lutero
Simango
4,02%.Enquanto
decorria a
leitura do
acórdão de
proclamação
dos
resultados,
já
manifestantes,
apoiantes de
Venâncio
Mondlane,
contestavam
na rua, com
pneus em
chamas.
A
proclamação
destes
resultados
pelo CC
confirma a
vitória de
Daniel
Chapo,
jurista de
47 anos,
atual
secretário-geral
da Frelimo,
no poder,
anunciada em
24 de
outubro pela
Comissão
Nacional de
Eleições (CNE),
mas na
altura com
70,67%.Esse
anúncio da
CNE
desencadeou
durante
praticamente
dois meses
violentas
manifestações
e
paralisações,
convocadas
pelo
candidato
presidencial
Venâncio
Mondlane,
que não os
reconhecia,
provocando
pelo menos
130 mortos
em
confrontos
com a
polícia.