São Tomé e Príncipe
precisa de um
financiamento
de 500 milhões de
dólares

04.07.2025 -
Governo diz que o país
está a ultimar um
programa nacional de
desenvolvimento para o
período 2025-2029 que
exige um financiamento
de cerca de 425 milhões
de euros para os
próximos três anos.
ão Tomé e Príncipe está
a ultimar um programa
nacional de
desenvolvimento para o
período 2025-2029 que
exige um financiamento
de cerca de 425 milhões
de euros para os
próximos três anos,
disse nesta Terça-feira
o Governo.
O plano, em fase de
finalização, “precisa de
um financiamento de 500
milhões de dólares”,
focados na formação de
recursos humanos, no
crescimento “sustentável
e inclusivo”, na
resposta aos impactos
das alterações
climáticas e na reforma
do Estado, disse a
ministra de Estado,
Negócios Estrangeiros,
Cooperação e Comunidades
de São Tomé e Príncipe,
Ilza Amado Vaz.
A ministra falava em
Sevilha, no plenário da
IV Conferência
Internacional sobre
Financiamento para o
Desenvolvimento das
Nações Unidas, que
decorre na cidade
espanhola até
quinta-feira.
Ilza Amado Vaz sublinhou
que no mundo actual,
marcado por tensões
geopolíticas e
económicas crescentes,
conflitos armados,
aumento dos extremismos
e contração da ajuda
pública internacional ao
desenvolvimento, os
países mais vulneráveis
são os que sofrem mais
impactos.
Juntam-se as
“vulnerabilidades
estruturais” de países
como São Tomé e
Príncipe, um pequeno
Estado insular em vias
de desenvolvimento,
cujas fragilidades são
agravadas pelos “choques
climáticos e económicos
repetidos”.“Mais de 80%
da nossa economia está
exposta” aos impactos do
clima, disse a ministra
são-tomense, que se
dirigia a uma plateia
onde estão representados
192 dos 193 países da
ONU.
Ilza Amado Vaz realçou
que esses impactos
colocam em perigo os
esforços de redução da
pobreza e limitam a
capacidade de resposta
do Estado às
necessidades
fundamentais da
população e pediu “Uma
mudança de paradigma” na
cooperação internacional
e no acesso a recursos
para financiar o
desenvolvimento.
A ministra sublinhou
que, apesar do
“potencial estratégico”,
da “estabilidade
política”, da população
jovem, da
“biodiversidade
excecional” e da posição
geográfica vantajosa no
Golfo da Guiné,
persistem as
vulnerabilidades
estruturais em São Tomé
e Príncipe.
Para o Governo
são-tomense, os países
em desenvolvimento e
mais vulneráveis
precisam de ter “acesso
simplificado a
instrumentos
multilaterais” que
permitam mobilizar mais
fundos.
A ministra pediu também
que os Pequenos Estados
Insulares em Vias de
Desenvolvimento (SIDS,
na sigla em inglês)
estejam representados de
forma própria nos fóruns
e mesas de negociação
multilaterais, assim
como “a criação de uma
janela permanente de
financiamento” para este
grupo de países.
“Não há progresso se os
mais vulneráveis ficarem
para trás”, afirmou a
ministra, citada pela
Lusa.
