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são-tomense apela “bom
senso” após
saída do
Ruanda da CEEAC

11
.06.2025 -
“Creio ser a terceira
tentativa de sair da
organização. Só esperamos
que o bom senso prevaleça e
o Ruanda possa regressar
brevemente”, diz Carlos Vila
Nova. O Presidente
são-tomense, Carlos Vila
Nova, apelou, ao “bom senso”
após o anúncio de retirada
do Ruanda da Comunidade
Económica dos Estados da
África Central (CEEAC).
O chefe de Estado
são-tomense, que falava,
Domingo à noite, à chegada
ao Príncipe proveniente da
capital da Guiné-Equatorial,
onde participou, no fim de
semana, na 26.ª Cimeira da
CEEAC afirmou que “creio ser
a terceira tentativa de sair
da organização. Só esperamos
que o bom senso prevaleça e
o Ruanda possa regressar
brevemente”.
O Ruanda anunciou a saída da
organização depois de
denunciar a
“instrumentalização” da
CEEAC por parte da República
Democrática do Congo, na
sequência da decisão de
prolongar por mais um ano a
presidência rotativa da
Guiné Equatorial, devido às
tensões entre a RDCongo e o
Ruanda.
“A Conferência adiou para
outra data a passagem da
presidência rotativa da
comunidade para a República
do Ruanda e,
consequentemente, decidiu
manter sua dexcelência
Obiang Nguema Mbasogo como
presidente em exercício da
comunidade por um período
adicional de um ano”,
segundo o comunicado final
da cimeira.
“Entendemos que o Ruanda não
reunia as condições
necessárias para presidir à
Comunidade nestas
circunstâncias, estando a
ocupar parte do território
de um outro Estado-membro”,
disse Carlos Vila Nova,
reafirmando a resolução
tomada em Fevereiro deste
ano, em Malabo, pelos
Estados-membros, que exigia
a retirada das tropas
ruandesas da RDCongo.
Questionado sobre quanto
tempo poderá demorar um
entendimento entre Kigali e
Kinshasa, o Presidente
são-tomense disse não fazer
“futurologias”, mas
mencionou a retirada das
tropas como uma “condição
base” e falou numa posição
unânime entre os
Estados-membros. Carlos Vila
Nova, diz a Lusa, insistiu
que o conflito “deve ser
resolvido diplomaticamente”.
Forbes - Africa Lusófona
