Olivença
celebra o 10 de Junho com
inauguração
do busto de Camões

09.06.2025 -
No âmbito das comemorações
do Dia de Portugal, de
Camões e das Comunidades
Portuguesas, a cidade de
Olivença prepara-se para uma
celebração especial este 10
de junho. A data, que
homenageia o poeta Luís Vaz
de Camões e a língua
portuguesa, será marcada
pela inauguração de um busto
em sua honra, oferecido pela
UCCLA, simbolizando a forte
ligação cultural entre
Portugal e a comunidade
oliventina.
A cerimónia
ocorrerá na Rua Lope de
Vega, um espaço emblemático
da cidade, e contará com a
presença de autoridades
locais, representantes da
UCCLA e membros da
comunidade. O busto,
esculpido em bronze e da
autoria de Diogo Munõz, foi
concebido para refletir a
importância de Camões como
exponente máximo da
literatura portuguesa e da
lusofonia.
O início das
festividades está marcado
para as 12 horas, na Praça
da Constituição, com a
intervenção do Alcalde de
Olivença, Manuel González
Andrade, e do
Secretário-Geral da UCCLA,
Luís Álvaro Campos Ferreira.
O programa
inclui, também, a leitura de
“Os Lusíadas” por alunos dos
Centros Educativos de
Olivença, uma degustação de
petiscos portugueses e uma
visita guiada à exposição
“Camões - Pilar de
Identidade Cultural”.A
finalizar as comemorações,
terá lugar, pelas 21h30, na
Praça de Espanha - Terreiro
de Chão Salgado, a atuação
musical de Princezito, de
Cabo Verde, e de Rhodália
Silvestre, de Moçambique.
Esta
iniciativa, que assinala
também os 40 anos da UCCLA,
reforça o compromisso de
Olivença em preservar e
promover a herança cultural
portuguesa, estreitando
laços com as comunidades
lusófonas e celebrando a
riqueza da língua e da
literatura que unem os
povos.
As
comemorações do 10 de Junho
em Olivença representam um
momento significativo de
união e celebração da língua
portuguesa, reafirmando o
compromisso da cidade com a
preservação e promoção da
sua rica herança cultural.
Princezito
Carlos Alberto Sousa Mendes,
de nome artístico Princezito,
nasceu em Cabo Verde, quatro
anos antes da independência,
na ilha de Santiago, vila do
Tarrafal - Monte Iria, zona
onde a lendária cantadeira
de Finason – Bibinha Kabral
– viveu os últimos anos de
vida, senhora de quem
Princezito cobiçou a arte de
cantar.
Estudou na escola da vila
onde nasceu, desde muito
cedo despertou a admiração
dos professores e dos
colegas, pela originalidade
na escrita e declamação dos
seus próprios poemas, arte
que aprendera em casa com os
irmãos mais velhos.
Durante os oito anos que
viveu em Cuba, Princezito
absorveu a grande
diversidade cultural daquele
país, dos ritmos e cantos
afro cubanos passando pela
música popular e
contemporânea.Foi o
preceptor do projeto “AYAN”,
registo discográfico que
evidenciou a nova tendência
do estilo Batuku e projetou
a chamada geração Pantera.
Uma produção que contou com
a participação de Tcheka,
Vadu, Djingo e do próprio
Princezito que trouxe à
terra uma réplica de “Lua”,
a composição de sua autoria
que tem vindo a marcar o
sentido e a alma dos muitos
que a escutam. Registada por
Mayra (CD) e Lura (DVD).
Rhodália Silvestre
Filha de pais moçambicanos,
nascida em Mbabane, na
Swazilândia, em 1986. Desde
muito cedo Rhodália mostrou
talento para a música, não
fosse o seu pai o Maestro
Faustino António Chirute, um
dos poucos africanos
formados em regência de
orquestras na ex-URSS e
mentor do Majescoral -
Maputo Jazz Espiritual
Coral.
Embora o progenitor tenha
sido um dos principais
influenciadores da sua
carreira musical, nos fins
de semana, o seu exercício
musical balançava entre
harmonias e ritmos que iam
desde a música clássica, ao
R&B, ao jazz, ao reggae,
notando-se uma enorme
influência dos ritmos
africanos que, conjugados
com afro-jazz, influenciaram
a sua notável criatividade,
através das suas composições
musicais e sentido das suas
letras.
Rhodália é por isso uma
cantautora moçambicana,
vencedora de vários prémios,
destacando-se o prémio
revelação Ngoma Moçambique
2017, a melhor voz de
Moçambique no Ngoma
Moçambique 2018, de novo a
melhor voz no Ngoma
Moçambique em 2022 e ainda o
prémio Vibratoques da
Vodacom.
De referir que Rhodália
Silvestre foi finalista na
edição de 2025 do programa
“Got Talent Portugal”.Esta
voz poderosa lançou o seu
álbum de originais, Wansati,
com 12 temas, editado em 24
de julho de 2020 pela
produtora Modigi, com a
colaboração do consagrado
baixista moçambicano Sacre
que, tal como ela, foi
integrante do agrupamento
moçambicano Banda Azul,
sensação dos anos 2000 que
tinha Rhodália (2006), como
vocalista principal.
Possuidora de uma
personalidade forte que se
impõe com naturalidade, além
de ser uma grande cantora,
possui também outras
capacidades em que, mais uma
vez, sobressai a sua
resiliência de grande
lutadora. Canta em inglês,
português, Zulu, Xhosa,
Shangane, Swati e Chichewa,
comunicando fluentemente
nestas línguas.
