BAD cautelosamente
otimista acerca da
economia de São Tomé e
Príncipe

28.05.2025 –
O Banco Africano de
Desenvolvimento (BAD) previu
hoje uma evolução
"cautelosamente positiva" da
economia de São Tomé e
Príncipe, com um crescimento
de 2,7% em 2025 e 4,4% em
2026, segundo a mais recente
análise ao país.
A previsão é justificada com
"preços relativamente
elevados de cacau", em que o
arquipélago é rico, "de
turismo, das obras públicas
e dos investimentos
programados em
infraestruturas",
acrescentou a instituição
financeira, no capítulo
dedicado a São Tomé e
Príncipe do relatório de
Perspetivas Económicas
Africanas (AEO, sigla
inglesa) de 2025, hoje
divulgado."A inflação deverá
continuar a descer e atingir
7% até 2026, o que melhorará
o poder de compra das
famílias", previu o BAD.
A subida de preços do cacau
e uma redução da fatura de
combustíveis importados (com
os quais se produz
eletricidade no país), a par
de uma recuperação do
turismo, já tinham ajudado
São Tomé e Príncipe a
crescer (0,4% em 2023 e 0,9%
em 2024), recordou a
instituição, notando ainda
um recuo da inflação, que,
ainda assim, se fixou em
14,5% em 2024.Para este ano,
prevê-se que o défice
orçamental caia para 2,5% e
1,4% do PIB em 2026.
O AEO 2025 foi publicado
hoje, durante as reuniões
anuais do BAD que decorrem
em Abidjan, Costa do Marfim,
cujo tema central é a
mobilização dos recursos do
continente, libertando-o de
dependência
externa."Incentivada por uma
Linha de Crédito Alargada do
Fundo Monetário
Internacional (FMI), a
disciplina orçamental deverá
ajudar a reduzir a dívida
pública para menos de 55% do
PIB até 2027" e o défice da
balança corrente "deverá
melhorar em 2025-26", mais
uma vez, impulsionado pelos
elevados preços do cacau,
melhoria do turismo e preços
moderados do petróleo.
Os riscos incluem um
"progresso lento nas
reformas do setor
energético", a par de
incertezas globais que
incluem uma redução da ajuda
externa de que o país
depende.
"São Tomé e Príncipe deve
utilizar o seu capital
natural para mobilizar
recursos financeiros que
reduzam a dependência do
petróleo importado para a
produção de energia, como
painéis solares que aceleram
a transição energética,
trocas [`swap`] de dívida
climática, créditos de
carbono ou acordos de pesca
que podem aliviar a escassez
de divisas", recomendou o
BAD
usa
