CPLP pede ação
internacional após
calamidade
climática em Cabo Verde

18.08.2025 -
A CPLP manifestou este
sábado (16.08) a sua
"profunda solidariedade"
ao povo cabo-verdiano e
apelou à ação
internacional urgente,
após as chuvas intensas
que assolaram as ilhas
de São Vicente e Santo
Antão, provocando vários
mortos e desaparecidos.
Em comunicado, o
secretariado executivo
da Comunidade dos Países
de Língua Portuguesa (CPLP)
refere que as chuvas
intensas e ventos
ciclónicos que assolaram
Cabo Verde no passado
dia 11 "causaram perdas
humanas irreparáveis" e
destaca a necessidade de
uma resposta solidária
"neste momento de dor e
sofrimento".
A organização "encoraja
a comunidade
internacional e as
agências especializadas
a reforçarem os esforços
do Governo e da
sociedade cabo-verdiana,
com especial atenção às
populações mais
vulneráveis, apoiando a
redução da pobreza e a
mitigação dos impactos
em alojamento, nutrição
e direitos humanos,
sobretudo protegendo as
crianças, mulheres e
jovens afetados pela
calamidade".
O mesmo comunicado
sublinha ainda "a
importância de apoio
concreto ao investimento
e ao relançamento
produtivo, como via para
promover a resiliência e
a recuperação
sustentável do país".
A CPLP recorda os
compromissos assumidos
no âmbito da
Convenção-Quadro das
Nações Unidas para as
Alterações Climáticas e
a Estratégia da
comunidade para esta
área, sublinhando a
urgência de uma ação
conjunta para mitigar os
impactos das mudanças
climáticas na vida das
populações.
O secretariado executivo
recorda ainda que, já em
2019, o Painel
Intergovernamental sobre
Alterações Climáticas (IPCC)
alertava para riscos
severos decorrentes da
crise climática, com
particular incidência em
cidades litorais e
ilhas, frisando a
necessidade de
"mecanismos de
compensação" que atenuem
os efeitos
socioeconómicos e evitem
o agravamento da
pobreza.
O Governo cabo-verdiano
declarou situação de
calamidade por seis
meses em São Vicente,
Porto Novo (Santo Antão)
e nos dois concelhos de
São Nicolau, igualmente
afetados. Países como
Timor-Leste,
Guiné-Bissau, Portugal e
São Tomé e Príncipe já
manifestaram
solidariedade para com
Cabo Verde.
