CPLP apoia candidatura
do Campo do Tarrafal
a Património da
Humanidade

09.05.2025 -
A Comunidade dos Países
de Língua Portuguesa (CPLP)
declarou apoio à
candidatura do Campo de
Concentração de Tarrafal
de Santiago, em Cabo
Verde, a Património da
Humanidade, avança a
Lusa.
O apoio à candidatura
foi anunciado no final
de uma reunião que
decorreu esta
quarta-feira, 7 de maio,
em São Tomé e Príncipe e
na qual foi decidido
“apoiar as novas
candidaturas dos sítios
dos estados-membros a
Património Mundial da
UNESCO, nomeadamente do
Campo de Concentração do
Tarrafal, por
representar um marco na
valorização da memória
de resistência”.
A declaração final foi
assinada durante a III
Reunião Extraordinária
dos Ministros Cultura da
CPLP, entre 05 e 07 de
maio, tendo a decisão
sido anunciada pelo
Ministério da Cultura de
Cabo Verde.
Augusto Veiga, ministro
da Cultura e das
Indústrias Criativas de
Cabo Verde, explica que
o apoio é “importante”
para preparar a
candidatura, que deverá
ser entregue à UNESCO em
fevereiro de 2026.
A Lusa lembra que, há um
ano, os presidentes de
Portugal, Cabo Verde e
Guiné-Bissau, assim como
o ministro da Defesa de
Angola, descerraram, no
local, uma placa que
assinalou os 50 anos da
Libertação do Campo do
Tarrafal.
O Campo de Concentração
de Tarrafal de Santiago
funcionou entre 1936 e
1956, tendo reaberto em
1962, com o nome de
Campo de Trabalho de
Chão Bom, para
aprisionar
anticolonialistas de
Angola, Guiné-Bissau e
Cabo Verde, enquanto na
primeira fase a maioria
dos presos políticos
eram portugueses que
contestavam o regime
fascista do Estado Novo.
O encerramento do Campo
do Tarrafal só aconteceu
depois da revolução do
25 de Abril de 1974, que
derrubou o Estado Novo e
libertou os presos
políticos.
