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São Tomé reúne-se com Banco Mundial para "resolver

definitivamente" problema energético

26.04.2025 - O Governo de São Tomé e Príncipe está empenhado em resolver de forma definitiva o problema estrutural do setor energético nacional. A garantia foi dada pelo Ministro do Estado e da Economia e Finanças, Gareth Guadalupe, durante reuniões com o Banco Mundial em Washington, à margem dos encontros de primavera com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial. Gareth Guadalupe sublinhou que a transição energética não é apenas uma questão ambiental, mas sobretudo uma urgência económica:

“A importação de combustíveis fósseis consome grande parte das nossas divisas e poupanças, criando constrangimentos sérios que impedem o país de investir noutras áreas prioritárias”, afirmou. A energia dominou os encontros com os representantes do Banco Mundial, parceiro estratégico de longa data de São Tomé e Príncipe.

O objetivo é encontrar soluções sustentáveis que reduzam a dependência dos combustíveis fósseis, abrindo caminho para investimentos em fontes renováveis como a energia solar. Além da energia, o Governo são-tomense pretende também reformular o atual Programa de Apoio às Famílias Vulneráveis, transformando-o num instrumento de promoção do autoemprego.

A nova abordagem pretende direcionar os beneficiários para setores estratégicos como o turismo sustentável e a transformação agrícola com valor agregado.

“Já conseguimos estabelecer uma cadeia completa de produção de cacau até ao chocolate. Queremos expandir para a baunilha, pimenta, flores e outros produtos de elevado valor.

A nossa aposta é na qualidade e não na quantidade. São Tomé quer afirmar-se como país 100% orgânico”, explicou o Ministro. No que diz respeito ao acordo com o FMI, atualmente fixado em 24 milhões de dólares, Gareth Guadalupe anunciou a intenção do Governo em aumentar esse valor para 40 milhões de dólares, tendo em conta os desequilíbrios causados pela importação de combustíveis, que em 2024 ultrapassaram os 40 milhões de dólares.

Apesar da anterior instabilidade política, o atual Executivo afirma estar totalmente alinhado com o programa negociado com o FMI e empenhado em reforçá-lo. “Estamos confiantes de que com as reformas em curso e bons indicadores fiscais, poderemos renegociar em condições mais vantajosas para o país”, declarou. A delegação são-tomense permanecerá em Washington para dar seguimento às negociações, com vista a garantir maior sustentabilidade económica e acelerar o desenvolvimento inclusivo e duradouro de São Tomé e Príncipe.

Fonte: Lusa

 

 

 

 

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