São Tomé e Cabo Verde
desvalorizam impacto
da tarifa de 10% imposta
por Trump

07.04.2025 -
O ministro do Estado e
da Economia e Finanças
de São Tomé e Príncipe,
Gareth Guadalupe,
afirmou que a tarifa
anunciada pelo
Presidente
norte-americano “não
constituirá nenhum
problema para a
economia” do país.
Os Governos de São Tomé
e Príncipe e de Cabo
Verde desvalorizaram o
impacto da tarifa de 10%
às suas exportações para
os Estados Unidos da
América (EUA), anunciada
esta semana pelo
Presidente
norte-americano, Donald
Trump.
O ministro do Estado e
da Economia e Finanças
de São Tomé e Príncipe,
Gareth Guadalupe,
afirmou que a tarifa
anunciada pelo
Presidente
norte-americano “não
constituirá nenhum
problema para a
economia” do país
africano, tendo o
primeiro-ministro de
Cabo Verde, Ulisses
Correia e Silva,
destacado que espera um
impacto reduzido, já que
a Europa é o principal
sustentáculo do turismo,
motor da economia do
arquipélago.
“Temos uma tarifa de 10%
que foi aplicada a São
Tomé e Príncipe, mas
isso não constituirá
nenhum problema para a
economia são-tomense.
Ela existe, mas nós
vamos continuar a nossa
vida, porque as nossas
divisas não dependem
daquilo que nós
exportávamos para os
Estados Unidos”, disse
Gareth Guadalupe. “Nós
não exportámos nada”
para os Estados Unidos
da América, declarou o
ministro são-tomense em
conferência de imprensa,
em São Tomé.
O primeiro-ministro
cabo-verdiano, Ulisses
Correia e Silva, disse,
por seu turno, em
declarações aos
jornalistas, acompanhar
“com preocupação” os
anúncios da
administração Trump,
considerando que o
contexto “é
imprevisível”.
No entanto, as novas
tarifas pouco devem
afectar Cabo Verde, cujo
comércio externo de
mercadorias é feito
essencialmente com a
Europa, de onde proveem
também a maior parte dos
visitantes que alimentam
o motor da economia, o
turismo.
Os EUA têm algumas das
principais comunidades
da diáspora
cabo-verdiana,
responsáveis por
remessas que são um dos
pilares da economia do
país lusófono, mas o
líder do Governo disse
que, para já, “não há
razão de
preocupação”.Durante um
grande evento na Casa
Branca, na quarta-feira,
o Presidente
norte-americano, Donald
Trump, que apelidou a
data como o “Dia da
Libertação” para os EUA,
impôs uma tarifa mínima
de 10% a dezenas de
países em todo o mundo e
uma taxa adicional aos
que Washington considera
“piores infratores”
pelas suas barreiras aos
produtos
norte-americanos.
“Este é um dos dias mais
importantes, na minha
opinião, da história dos
Estados Unidos. É a
nossa declaração de
independência
económica”, sublinhou o
estadista, citado pela
Lusa.
