Reforçar a Estabilidade
em um Mundo de
Incerteza com a Certeza
da China

17.03.2025 -
No mundo com
turbulências e mudanças
entrelaçadas, a certeza
já se torna em um fator
que falta em todo o
mundo. Recentemente,
realizaram-se com
sucesso as “Duas
Sessões” da China, ou
seja, a 3ª Sessão da 14ª
Assembleia Popular
Nacional (APN) e a 3ª
Sessão do 14º Comitê
Nacional da Conferência
Consultiva Política do
Povo Chinês (CCPPC), as
quais não apenas são uma
agenda política
importante para a China,
como também constituem
uma janela para o mundo
observar a China e
compreender de que forma
a China pode estabilizar
um mundo de incerteza
com a sua própria
certeza.
Durante esta ocasião, S.
E. Sr. Wang Yi, Membro
do Birô Político do
Comitê Central do
Partido Comunista da
China e Ministro dos
Negócios Estrangeiros da
China, respondeu na
Conferência de Imprensa
às perguntas sobre
questões relacionadas às
políticas externas e
relações internacionais
da China.
Abordando temas
candentes como a
diplomacia chinesa, as
relações entre grandes
países, e o
desenvolvimento
económico da China, o
Ministro deixou claros
as políticas externas da
China e o posicionamento
e a atitude da China
sobre o desenvolvimento
do mundo. Gostaria de
compartilhar com os
amigos são-tomenses
alguns desses pontos.I.
Resiliência económica. O
Relatório de Trabalho do
Governo detalhou os
objetivos e tarefas do
desenvolvimento
económico da China para
o ano corrente.
A meta de crescimento do
PIB de cerca de 5% é,
sem dúvida, um sinal
positivo para a economia
mundial que ainda se
encontra em recuperação,
demonstrando plenamente
o papel que a China
desempenha como motor do
crescimento económico
mundial.
Este ano, a China
implementará uma
política monetária
moderadamente
acomodatícia e uma
política fiscal mais
proativa, aumentando o
défice fiscal em um
ponto percentual, para
4%. Esta meta ambiciosa
bateu o recorde
histórico e manifestou a
determinação contínua da
China em impulsionar o
crescimento. Além disso,
a China levará a cabo
ações para revitalizar a
demanda interna,
incluindo a emissão de
títulos especiais de
longo prazo e o subsídio
para troca de bens
usados de consumo,
criando um modelo de
crescimento da demanda
interna impulsionado por
investimento e consumo
em pararelo.
A China vai optimizar o
ambiente de negócios,
expandir em passos
firmes a abertura
institucional, ampliar a
abertura voluntária de
forma ordenada e manter
a abertura unilateral
aos países menos
desenvolvidos, de modo a
que se torne cada vez
mais curta a lista
negativa e mais
acessível o mercado, e
que a China sempre seja
a primeira opção para os
parceiros
internacionais.II.
Inovação como motor. No
ano passado, a China
alcançou um crescimento
económico de 5%, uma
prova da China que
conseguiu progressos
económicos em meio das
dificuldades. O milagre
da China, que até o
momento é conhecido por
um crescimento de alta
velocidade sem
precedentes, será
marcado por um
desenvolvimento
tecnológico e de alta
qualidade.
As inovações
científico-tecnológicas
da China podem sempre
trazer surpresas,
caraterizadas
sucessivamente por “Shenzhou”,
nave espacial tripulada,
e “Chang'e”, satélite de
exploração lunar, e a
recente DeepSeek. Os
chineses trabalhamos de
geração em geração num
caminho cada vez mais
alargado para tornar a
China num país mais
forte em ciência e
tecnologia.
Alguns países não querem
aceitar a liderança da
China em inovação
tecnológica e reagem com
repressões
injustificadas. Mas onde
há repressão, há mais
inovação. A ciência e a
tecnologia, em vez de
servirem de instrumento
para tecer a cortina de
ferro, deveriam ser uma
riqueza benéfica e
partilhada por todos.
A China lançou,
juntamente com o Brasil,
a África do Sul e a
União Africana, a
Iniciativa para a
Cooperação Internacional
em Ciência Aberta,
compartilhando os
avanços da inovação com
mais países e apelando a
uma maior atenção ao
desenvolvimento da
capacidade científica e
tecnológica do Sul
Global, para que a
inovação beneficie
realmente o bem-estar
comum de toda a
humanidade.
III. Taiwan, Província
da China. A única
referência à região de
Taiwan da China na ONU é
"Taiwan, Província da
China".
A região de Taiwan nunca
foi nem será jamais um
país. Clamar pela
"independência de
Taiwan" é dividir a
China, apoiar a
"independência de
Taiwan" é interferir nos
assuntos internos da
China e ter conivência
com as forças
secessionistas pela
"independência de
Taiwan" é sabotar a
estabilidade do Estreito
de Taiwan.
Quando a ONU e suas
agências especializadas
fazem menção desta
região, sempre usam
"Taiwan, Província da
China", demonstração
evidenciada em pareceres
jurídicos oficiais do
Escritório de Assuntos
Jurídicos do
Secretariado da ONU que
“as Nações Unidas
consideram 'Taiwan' como
uma província da China,
sem estatuto separado”.
Na questão de Taiwan, a
posição da China é
consistente e clara.
Continuamos
comprometidos com o
princípio de Uma só
China e o Consenso de
1992. Iremos trabalhar
com maior sinceridade e
todos os esforços para
alcançar a reunificação
pacífica da Pátria.
Gostaria de aproveitar
para agradecer pelo
apoio constante do povo
são-tomense que tem
prestado à China nesta
matéria.IV. Relações
China-África.
A China e a África são
sempre bons amigos,
parceiros e irmãos. Na
Cimeira do Fórum de
Cooperação China-África
(FOCAC) realizada em
setembro de 2024, o
relacionamento
China-África foi elevado
para uma comunidade com
futuro compartilhado
China-África de todos os
tempos na nova era,
representando seu melhor
momento na história.
Este ano começou pela
visita do Ministro Wang
Yi a quatro países
africanos em janeiro, o
que foi testemunho de
uma tradição de 35 anos
de ministros dos
negócios estrangeiros
chineses iniciarem suas
visitas anuais ao
exterior pela África.
Este ano marca o 25º
aniversário do FOCAC e
também o primeiro ano
para a implementação dos
resultados da Cimeira.
A China está disposta a
implementar as Dez Ações
de Parceria junto com os
países africanos
apoiando a África no
sentido de acelerar a
sua industrialização e
modernização agrícola,
aplicar o tratamento de
isenção de taxas
alfandegárias a 100% dos
produtos tributários
para os países menos
desenvolvidos, cultivar
novos pontos de
crescimento nos domínios
digital, ecológico e da
inteligência artificial,
promover projetos
favoráveis ao bem-estar
do povo, e aumentar a
representatividade e a
voz da África nos
assuntos internacionais.
Para São Tomé e
Príncipe, país amigo com
que temos relações de
uma parceria estratégica
a partir da última
Cimeira do FOCAC, estão
em caminho mais de mil
toneladas de arroz como
assitência alimentar e
milhares unidades de
sistemas solares
domésticos fornecidos
pela China, e também
será promovida a
exportação de grãos de
cacau para a China.
Espero que esses
resultados tangíveis da
cooperação tragam mais
benefícios para os
amigos são-tomenses.Em
2025, perante a
conjuntura internacional
repleta de desafios, a
China mantém sua
aspiração inicial nas
suas políticas externas,
e irá trabalhar com
todos os países, para
defender a equidade e a
justiça internacionais,
salvaguardar a paz e a
estabilidade do mundo e
promover o
desenvolvimento comum.
Pela Sra. Xu Yingzhen,
Embaixadora da China em
São Tomé e Príncipe
