Português Nuno Júdice e brasileira Micheliny Verunschk
vencem prémio de literatura
06.12.2024 -
O Prémio
Oceanos de
2024 foi
atribuído, a
título
póstumo, ao
português
Nuno Júdice,
que faleceu
em Março
deste ano, e
à brasileira
Micheliny
Verunschk.
Alvaro
Fausto
Taruma foi
um dos 10
finalistas.
No
Observador,
pode-se ler
os livros
“Uma
colheita de
silêncios”,
de Nuno
Júdice, e
“Caminhando
com os
mortos”, de
Micheliny
Verunschk,
venceram,
esta
quinta-feira,
o Oceanos —
Prémio de
Literatura
em Língua
Portuguesa,
que,
organizado
anualmente
no Brasil,
distingue
obras
escritas em
língua
portuguesa,
publicadas
em qualquer
país do
mundo.
O ultimo
livro de
poemas
publicado em
vida, “Uma
colheita de
silêncios”,
trata do
mundo em
volta,
multiplicando
referências
históricas,
de arte e
literatura,
para abordar
esses
“silêncios”
vindos da
passagem do
tempo, e que
são tudo ou
quase tudo.
“Na
cerimónia,
Manuel da
Costa Pinto,
curador do
Oceanos para
o Brasil,
homenageou o
autor
português
lembrando
que ‘Nuno
Júdice via a
finitude com
melancolia,
mas, para o
poeta, a
poesia podia
transcender
esse limite,
como deixou
eternizado
nesses
versos’”,
pode-se ler
no
Observador.
O poeta,
ficcionista,
tradutor e
dramaturgo,
Nuno Júdice,
deixou uma
obra
literária
com perto de
80 títulos,
que se
estendem ao
conto, ao
romance e ao
ensaio.Já a
romancista
brasileira,
Micheliny
Verunschk,
presente no
anúncio dos
vencedores
desta edição
do Oceanos,
afirmou que
a distinção
é
individual,
mas também
“um prémio
da língua
portuguesa”.“Dessa
língua que é
tão bela,
tão
pungente,
tão forte.
E, num mundo
em ruínas
como o
nosso, a
gente ter a
arte, a
palavra, a
literatura
como guia é,
talvez,
penso, não
sei, um
farol para
uma
reconstrução
ou de um
novo mundo
ou um
apocalipse
que nos seja
educativo”,
completou,
segundo o
Observador.
O livro
“Caminhando
com os
mortos”
retrata um
crime que
choca os
moradores de
uma pequena
cidade no
interior do
Brasil. Uma
mulher é
queimada
viva, num
ritual
motivado por
razões
religiosas,
a fim de
purificar a
vítima e
endireitá-la
para o
“caminho do
bem”.Nesta
edição do
Oceanos, o
poeta Álvaro
Fausto
Taruma foi
um dos
finalistas,
com o livro
“Criação do
fogo”.