PM são-tomense espera
acordo com FMI em
outubro
e pede investimento
privado
21.09.2024 -
O
primeiro-ministro
são-tomense disse hoje
que as negociações com o
Fundo Monetário
Internacional (FMI)
evoluíram e espera
"fechar o acordo" em
outubro, mas defendeu
que "a vida dos
são-tomenses só vai
mudar" com investimentos
privados.
PM
são-tomense espera
acordo com FMI em
outubro e pede
investimento privado "As
coisas estão melhores do
que há uns meses.
Estamos a fazer
progressos nas contas,
nas cifras, nas medidas
e no entendimento que
nós queremos. Como eu
disse, acordo queremos,
acordo haverá, mas será
para nós (um) acordo que
consideramos menos
penoso possível para as
populações", disse
Patrice Trovoada, em
resposta à Lusa à margem
das celebrações dos 50
anos do dia da mulher
são-tomense, que hoje se
assinala.
O
primeiro-ministro
são-tomense admitiu que
"algumas medidas terão
que ser tomadas", uma
vez que "existem grandes
desequilíbrios que é
preciso reequilibrar",
mas assegurou que tudo
será feito em função
daquilo "que é
suportável para os
são-tomenses". Desde a
entrada em funções, em
dezembro de 2022 que o
Governo são-tomense tem
estado a negociar um
programa de crédito
alargado com o FMI, mas
até ao momento as partes
não chegaram a um
entendimento.
Em várias
ocasiões o
primeiro-ministro
são-tomense referiu que
a ausência de acordo com
o FMI "tem condicionado
a execução do programa
de investimento público
e continua a impactar
negativamente as
reservas internacionais
líquidas", o nível de
importações de bens e
serviços, e "em última
instância a atividade
económica" do
arquipélago.
Em junho,
após uma equipa técnica
do FMI terminar uma
missão a São Tomé,
Patrice Trovoada disse
que não aceitava a
proposta para aumentar o
preço do combustível e
eletricidade em troca do
acordo de crédito
alargado para não piorar
a situação social no
arquipélago.
O chefe
do Governo são-tomense
disse hoje que irá aos
Estados Unidos nos
próximos tempos,
prevendo uma nova mesa
redonda ou uma reunião
com o FMI visando
definição do programa
para que seja aprovado
pelo Conselho de
Administração desta
instituição financeira
em outubro.
No
entanto, notou que um
dos grandes problemas do
país "é o emprego",
admitindo que o FMI vai
permitir que os
parceiros tradicionais
possam dar um pouco mais
de dinheiro, mas alertou
que estes parceiros "têm
estado durante décadas a
apoiar São Tomé e
Príncipe", e questionou
o impacto dessas ajudas.
"Isso é
como um doente que
estamos a manter vivo
artificialmente, mas não
está saudável. Então, só
o investimento privado é
que poderá tornar a
nossa economia mais
saudável, permitir que
nós possamos exportar
muito mais", sublinhou o
primeiro-ministro
são-tomense.
JYAF //
ANP Lusa/Fim