Contacto -: +239  9936802 9952092 transparencia.st@hotmail.com  -

 

Eleições: PR timorense diz que democracia no país

 

“não” está sob ameaça

07.11.2022 - O Presidente de Timor-Leste, José Ramos Horta, considerou hoje que a democracia no Brasil não está sob ameaça, mas a "obrigação" dos países-membros da CPLP é apoiarem-se "mutuamente" no que toca à sua defesa.

 

“Anossa contribuição, a nossa obrigação, é apoiarmo-nos mutuamente no que a toca à defesa da democracia; a democracia tem que ser defendida”, afirmou o chefe de Estado timorense, em declarações à comunicação social no âmbito de uma visita hoje à sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) em Lisboa.

 

Quando interrogado sobre se entende que a democracia no Brasil está sob ameaça, atendendo aos distúrbios em todo o país provocados pelos apoiantes do Presidente Jair Bolsonaro, que não aceitam a sua derrota na segunda volta das presidenciais no último domingo, Ramos Horta foi taxativo: “Não, não”, afirmou.

 

“Ao longo dos [últimos] anos, devo ter sido a única pessoa na CPLP, [enquanto] ex-Presidente, que se solidarizou com Lula [da Silva] ativamente”, reclamou ainda Ramos Horta.“Fui talvez o primeiro Presidente no mundo a felicitar Lula” da Silva pela sua vitória nestas eleições”, disse ainda, revelando que “tinha tudo preparado, combinado com amigos no Brasil – e mobilizei outros – para, por favor, reagirem de imediato”.

 

Para o chefe de Estado timorense, que se encontra em Portugal no âmbito de uma visita oficial, a obrigação dos nove Estados-membros da CPLP é apoiarem-se “mutuamente no que toca à defesa da democracia, a democracia tem que ser defendida”.

 

A CPLP é constituída por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.Desde a madrugada de segunda-feira foram desfeitas 936 manifestações nas estradas de mais de 24 estados brasileiros.

 

Na quarta-feira, o Presidente brasileiro procurou acalmar os ânimos e apelou aos manifestantes que o apoiam para pararem de bloquear estradas pelo país, uma ação que se iniciou na madrugada de segunda-feira por considerarem que os resultados das eleições presidenciais tinham sido fraudulentos.

 

Com 100% dos votos contados, Luiz Inácio Lula da Silva ganhou as eleições presidenciais de domingo por uma margem estreita, recebendo 50,9% dos votos, contra 49,1% para Jair Bolsonaro, que procurava um novo mandato de quatro anos.

Lula da Silva assumirá novamente a Presidência do Brasil em 01 de janeiro de 2023 para um terceiro mandato, após ter governado o país entre 2003 e 2010. APL // JH

 

 

 

 

Diário de São Tomé e Príncipe - Jornal Transparência | Todo Direito reservado | Rua 3 de Fevereiro - São Tomé | 

 São Tomé e Príncipe | transparencia.st@hotmail.com - (00239) - 9936802 - 9952092 - Webmaster JS 


Ir ao top^