Portugal apoia
desenvolvimento de São
Tomé
e Príncipe com 60
milhões até 2025

22.09.2022 -
O
Programa Estratégico de
Cooperação vai priorizar
as áreas da saúde,
educação e cultura,
proteção social,
trabalho e formação
profissional, justiça,
segurança e defesa,
agricultura, pescas,
energia e ambiente,
finanças públicas,
economia e
infraestruturas.
Portugal vai contribuir
para o desenvolvimento
de São Tomé e Príncipe
com um pacote de
cooperação de cerca de
60 milhões de euros, que
vai durar nos próximos
cinco anos, incidindo
nas áreas mais
prioritárias para o
país.
O
Programa Estratégico de
Cooperação (PEC) tem um
valor estimado em 60
milhões de euros até
2025, priorizando as
áreas da saúde, educação
e cultura, proteção
social, trabalho e
formação profissional,
justiça, segurança e
defesa, agricultura,
pescas, energia e
ambiente, finanças
públicas, economia e
infraestruturas.
Durante a
sua visita oficial a São
Tomé e Príncipe, em
dezembro do ano passado,
o primeiro-ministro de
Portugal, António Costa,
elogiou os resultados da
cooperação bilateral com
o arquipélago,
destacando as áreas da
saúde e da defesa, e
manifestou-se
esperançado em
"prosseguir estes níveis
de cooperação e, se
possível,
desenvolvê-los".
Durante
uma visita de 24 horas a
este país lusófono
africano, realizada a 19
de dezembro, António
Costa salientou os
"fortes laços de
cooperação que existem
entre os dois países e
que se consolidou com a
recente assinatura [em
dezembro] do programa
estratégico para a
cooperação entre 2021 e
2025".
Entre as
principais áreas
apoiadas por Portugal
está a educação, defesa
e segurança, mas também
a saúde, um setor que
ganhou uma nova
atualidade depois da
pandemia de covid-19,
que expôs as
fragilidades dos países
menos desenvolvidos
perante uma ameaça de
dimensão mundial.
O projeto
de cooperação Saúde para
Todos, lançado em 1988 e
que é considerado um dos
mais importantes da
cooperação portuguesa,
faz parte desta área de
atuação, que inclui,
desde 2011, a
telemedicina e que tem
vindo a alargar as áreas
de especialidade
abrangidas, desde a
imagiologia,
cardiologia,
dermatologia e
oftalmologia, passando
pelo
otorrinolaringologia e
gastroenterologia, num
total de 26
especialidades.
Portugal
enviou para São Tomé e
Príncipe quase 90 mil
vacinas durante a
pandemia de covid-19, em
três entregas, para além
do material necessário
para a inoculação, no
âmbito do compromisso de
apoio aos Países
Africanos de Língua
Oficial Portuguesa (PALOP)
e Timor-Leste,
disponibilizando 5% do
total comprado por
Portugal.
Para além
deste apoio mais
estrutural, Portugal
participa também no
"tradicional apoio" dado
por vários países e
organizações para a
realização das próprias
eleições de domingo, num
total de 2 milhões de
euros, que inclui 1,2
milhões do Japão e 500
mil de dólares da
Nigéria, segundo disse o
presidente da CNE à
Lusa.
No total,
dez partidos e uma
coligação concorrem as
eleições legislativas de
São Tomé e Príncipe:
Movimento de Libertação
de São Tomé e Príncipe /
Partido Social Democrata
(MLSTP/PSD); Ação
Democrática Independente
(ADI); Basta; Movimento
Democrático Força da
Mudança/União Liberal (MDFM/UL);
União para a Democracia
e Desenvolvimento (UDD);
CID-STP, Movimento União
para o Desenvolvimento
Amplo (Muda); Partido
Novo; Movimento Social
Democrata/Partido Verde
de São Tomé e Príncipe (MSD-PVSTP);
Partido de Todos os
Santomenses (PTOS) e a
coligação Movimento de
Cidadãos
Independentes/Partido
Socialista/Partido da
Unidade Nacional.
Em
disputa está a eleição
de 55 deputados à
Assembleia Nacional de
São Tomé e Príncipe,
incluindo dois que pela
primeira vez serão
eleitos pelos círculos
eleitorais da Europa e
de África.A ADI foi o
partido mais votado nas
eleições de 2018,
elegendo 25 deputados,
seguida pelo MLSTP/PSD,
que conseguiu 23
assentos.
A
coligação então formada
pelo Partido da
Convergência Democrática
(PCD, segundo maior
partido da oposição),
pela UDD e pelo MDFM,
foi a terceira formação
mais votada, obtendo
cinco mandatos. O
Movimento de Cidadãos
Independentes de São
Tomé e Príncipe/Partido
Socialista (MCI/PS)
ocuparam dois lugares no
parlamento.MLSTP e a
coligação PCD-UDD-MDFM
formaram a chamada 'nova
maioria' e constituíram
governo, liderado por
Jorge Bom Jesus.No dia
25, também o governo
regional do Príncipe vai
a votos, concorrendo
dois a União para a
Mudança e Progresso do
Príncipe (UMPP),
liderado pelo atual
presidente, Filipe
Nascimento, e a
coligação Movimento
Verde para o
Desenvolvimento do
Príncipe (MVDP) e MLSTP/PSD,
encabeçada por Nestor
Umbelina.
Os
123.302 eleitores
são-tomenses são ainda
chamados a escolher os
presidentes das
autarquias.