Missão de observação da
CPLP desde hoje na Guiné
Equatorial para
acompanhar eleições
14.11.2022 -
A missão
de observação da CPLP às
eleições de domingo na
Guiné Equatorial está a
partir de hoje neste
país para testemunhar o
final da campanha, a
votação e o apuramento
parcial dos votos,
anunciou hoje a
organização.
Segundo
um comunicado do
secretariado-executivo
da Comunidade dos Países
de Língua Portuguesa (CPLP),
esta missão de
observação é chefiada
por Maria do Carmo
Silveira,
ex-primeira-ministra de
São Tomé e Príncipe e
antiga
secretária-executiva da
CPLP.
A missão
eleitoral às eleições
presidenciais, para a
câmara dos deputados,
para o senado e
municipais na Guiné
Equatorial estará no
país até 23 deste mês,
sendo constituída por 15
observadores, designados
pelos Estados-membros,
pela assembleia
parlamentar e
funcionários do
secretariado-executivo
da CPLP. "Os
observadores da CPLP vão
testemunhar a fase final
da campanha eleitoral, o
dia da votação e o
apuramento parcial dos
votos", lê-se na nota da
organização.
A missão
irá manter encontros com
os partidos candidatos
ao ato eleitoral e com
as autoridades de
administração e gestão
eleitoral,
designadamente, a Junta
Eleitoral. A Guiné
Equatorial é desde 2014
um dos nove
Estados-membros da CPLP,
mediante alguns
compromissos, como a
abolição da pena de
morte - formalizada em
setembro passado -, a
introdução do português
e maior abertura
democrática.
Desde a
independência de Espanha
em 1968, a Guiné
Equatorial é apontada
pelas organizações de
direitos humanos
internacionais como um
dos países mais
corruptos e repressivos
do mundo.
O
Presidente Teodoro
Obiang concorre a um
sexto mandato de sete
anos, pela quinta vez,
contra Buenaventura
Monsuy Asumu, que dirige
o Partido da Coligação
Social Democrata (PCSD),
um partido próximo do
regime e aliado crónico
do Partido Democrático
da Guiné Equatorial (PDGE),
no poder, e vencedor de
sucessivas legislativas
com mais de 90% dos
votos, em eleições
sempre contestadas.Pela
primeira vez, o
histórico líder do único
partido da oposição,
Andrés Esono Ondo,
presidente da
Convergência para a
Democracia Social,
também concorre ao mais
alto cargo do país,
ainda que o seu partido
tenha já mais de 30
anos.
(Por: Lusa)