Lançamento da obra “Butá
Kloson Ba Lônji -
Cancioneiro da
Música
Popular São-tomense” de
Luís Viegas
03.05.2019
-
O surgimento dos grupos
musicais de São Tomé e
Príncipe, a sua mensagem
política e a implicação
que produziu no seio das
relações sociais, são a
base do livro “Butá
Kloson Ba Lônji -
Cancioneiro da Música
Popular São-Tomense” da
autoria do Embaixador de
São Tomé em Portugal,
Luís Viegas, que será
apresentado no auditório
da UCCLA, no dia 9 de
maio, às 18h30.
Biografia do autor:
Luís Guilherme
D'Oliveira Viegas nasceu
em 1967, em São Tomé e
Príncipe. Fez o ensino
primário e liceal em São
Tomé. Iniciou a sua
atividade profissional
como professor de
francês, área em que se
formou pela Universidade
Balise Pascal de
Clermont-Ferrand, França
(Letras Modernas).
Obteve o diploma de
tradutor e intérprete de
Conferência pela INA -
Instituto Nacional de
Administração de
Portugal - e graduou-se
em Diplomacia pelo
Instituto Rio Branco, em
Brasília, Brasil.
Diplomata de carreira,
no Ministério dos
Negócios Estrangeiros e
Cooperação de São Tomé e
Príncipe, onde ocupou
vários cargos de direção.
É Embaixador
Extraordinário e
Plenipotenciário de São
Tomé e Príncipe em
Portugal e Marrocos. É
Representante Permanente
deste país junto da
Comunidade dos Países de
Língua Portuguesa (CPLP).
Neste livro em que
mostra parte do
repertório musical das
ilhas, responde à
vontade de partilhar com
o público a sua paixão
pelas línguas nativas de
São Tomé e Príncipe, em
particular pelo crioulo
"santomé".
Sinopse do livro:
Com a obra "Butá Kloson
Ba Lônji" o autor
debruça-se sobre o
surgimento dos grupos
musicais são-tomenses
nos ano 60 do séc. XX, e
traça as características
das músicas tocadas
nessa época, as quais
são marcadamente de
intervenção política
como meio de
sensibilizar o povo
são-tomense para a luta
de libertação do jugo
colonial, por um lado,
e, por outro, servindo
de retrato das complexas
teias de relacionamento
social.
Tanto a mensagem
política como o retrato
da vivência social são
musicados em língua
nacional “Santomé” com
recurso a metáforas de
difícil interpretação,
mesmo para muitos
falantes nativos, e o
autor procura
traduzi-las com toda a
fidelidade semântica
para a Língua Portuguesa
com vista a uma maior
compreensão da sociedade
são-tomense da época. A
densidade metafórica
utilizada nas mensagens
de cariz político na
época era um meio de
escapar à censura.