Naufrágio de navio
Anfitriti em São Tomé e
Príncipe faz 11
desaparecidos
25.04.2019 -
O navio “Anfitriti” faz
normalmente a ligação
entre as ilhas de São
Tomé e do Príncipe, uma
viagem que dura entre
seis e oito horas, e
naufragou às primeiras
horas da manhã desta
quinta-feira
O naufrágio de um navio
em São Tomé e Príncipe
fez 11 desaparecidos,
disse o presidente do
governo regional do
Príncipe, José Cardoso
Cassandra. Até agora, a
informação que temos é
de que foram resgatadas
50 pessoas, 11 estão
desaparecidas”, disse
José Cassandra.
O navio “Anfitriti” faz
normalmente a ligação
entre as ilhas de São
Tomé e do Príncipe, uma
viagem que dura entre
seis e oito horas, e
naufragou às primeiras
horas da manhã desta
quinta-feira, já próximo
da ilha de destino, com
mais de 60 pessoas a
bordo. José Cassandra
disse que todas as
embarcações disponíveis
se dirigiram para o
local do naufrágio,
incluindo o navio da
Marinha portuguesa
“Zaire”, que se encontra
em ações de cooperação
em São Tomé e Príncipe.
Uma fonte do “Zaire”
disse à Lusa que
mergulhadores do navio
português foram
mobilizados para
participar nas operações
de socorro.
O primeiro socorro às
vítimas foi feito por
barcos particulares,
nomeadamente de
pescadores. Várias
fontes contactadas pela
Lusa suspeitam-se que o
barco terá tombado por
excesso de carga. O
navio zarpou do porto de
São Tomé com destino à
cidade de Santo António
e adornou já perto da
ilha do Príncipe,
afundando-se em seguida.
O navio é habitualmente
utilizado por residentes
da ilha do Príncipe, que
se deslocam à capital
para fazer compras. A
ilha do Príncipe
comemora a partir deste
fim de semana a
festividade d0 24.º
aniversário da autonomia
da região. "Estamos
todos muito preocupados
e só temos é que
lamentar mais um
acidente trágico que
está a acontecer no
transporte marítimo de
pessoas a bens para a
Região do Príncipe",
disse José Cassandra aos
jornalistas. José
Cassandra acrescentou
que o governo nacional
está a “acompanhar a
situação com
preocupação”. O
presidente do governo
regional encontra-se na
capital do país, onde
teve um encontro esta
manhã com o ministro da
Juventude, Desporto e
Empreendedorismo,
Vinício de Pina.
Este
é terceiro acidente
marítimo grave na
ligação entre as duas
ilhas. Há cerca de dois
anos, o navio
“Ferro-Ferro”
desapareceu com pelo
menos 12 passageiros e
tripulantes, não se
sabendo até hoje
exatamente o que
aconteceu. Há cerca de
dois meses, uma outra
embarcação ficou à
deriva no alto mar
durante cerca de cinco
horas, por falta de
combustível, com mais de
51 passageiros a bordo.
"Pela
primeira vez podemos
chamar essa rota, uma
rota de morte",
considerou o presidente
do governo regional,
fazendo alusão a vários
outros acidentes que
ocorreram e que levaram
a perda de várias vidas
humanas e bens. "Neste
momento, o que interessa
é fazermos tudo para
salvar vidas e depois
assacarmos as
responsabilidades que
são necessárias e
tentarmos ver se pomos
um ponto final de uma
vez por todas com estes
acidentes", acrescentou.