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A comunidade marítima liderada pela Cornelder pediu mais solidariedade.

Ajuda humanitária às vítimas do ciclone Idai continua a chegar em Moçambique

21.03.2019 . Portugal e Alemanha disponibilizaram meios aéreos, humanos e dinheiro em apoio às vítimas do ciclone Idai na cidade da Beira, província de Sofala.

Uma semana depois da passagem do ciclone Idai em Sofala, Milhares de pessoas permanecem isoladas sem comida, água nem abrigo. As linhas de comunicação já começaram a funcionar mas não plenamente. O distrito do Búzi está completamente inundado e as ajudas vêm de todos os lados.   

O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, despachou para Moçambique 35 militares, aviões e equipa de médicos para ajudarem nas acções de resgate e salvamento de milhares de pessoas ainda penduradas em textos e árvores.

O estadista português classificou o trabalho dos militares como uma “missão fraterna, de solidariedade”, visando a reconstrução das zonas afectadas pelo mau tempo.

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, tendo em conta o drama que se vive na Beira, em particular, ainda “há muito a apurar e esperar nos próximos dias”.

Augusto Santo Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Portugal, disse que a equipa médica inclui peritos de medicina legal do Instituto Nacional de Emergência Médica e uma força de protecção civil.  

José Luís Carneiro, secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, confirmou haver pelo menos 30 pedidos de localização de português desparecidos na Beira, mas as equipas que se encontram no tereno reportam 100 desaparecidos.  

“Vamos procurar validar essas informações para efeitos de localização e tranquilização das famílias”, disse José Luís Carneiro, após um encontro com os outros portugueses que estão na Beira.  

Por sua vez, a Alemanha disponibilizou mais um milhão de euros de auxílio às pessoas afectadas pelo “Idai” e inundações no centro de Moçambique. Os fundos “deverão ser usados para cobrir as necessidades humanitárias mais urgentes”.

Neste contexto, a Chanceler alemã, Angela Merkel, endereçou condolências ao Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi.
Sobre o ciclone Idai, o Embaixador da Alemanha em Moçambique, Dr. Detlev Wolter, referiu que "a Alemanha está desolada com as destruições devastadoras causadas pelo ciclone IDAI e pelas massivas inundações que fustigaram as províncias do centro de Moçambique. Neste momento de dor, nos juntamos a Moçambique e os nossos pensamentos e compaixão estão com as pessoas afectadas e com os familiares das vítimas".

Dados das autoridades governamentais indicam que a passagem do ciclone Idai em Moçambique, Malawi e Zimbabué já matou pelo menos 300 pessoas.  

As Nações Unidas em Moçambique também mobilizou “equipas de emergência e suprimentos” para as pessoas atingidas pelos desastres naturais.

Em apoio, também às vítimas do ciclone Idai, a ZAP vai abrir os canais nacionais, durante 30 dias, nas províncias de Sofala, Manica, Tete e Zambézia, para permitir a disseminação das mensagens de alerta e prevenção das populações assoladas e das zonas circunvizinhas.

Sitiados no Buzi transferidos para Beira

Sitiados no Buzi transferidos para Beira

Várias pessoas que desde o passado domingo estavam sitiadas no distrito do Búzi, e em cima dos tectos e árvores, chegaram ao longo do dia de hoje, naBeira, por via marítima, uns por meios próprios e outros socorridos pelo INGC por meios aéreos e marítimos.

Inês Tiago, de oito anos de idade, quando se encontrava ainda na primeira tenda, reservada para os primeiros socorros, em contacto com a nossa Reportagem e chorando, afirmou que ela e o resto da família, dois irmãos e os pais, foram apanhados de surpresa pela subida do caudal do Buzi, cerca das 21 horas do passado domingo.

“Corremos para a administração. Havia muita gente e fiquei separada da minha família. Não sei qual foi a sorte deles”. Chorando, Inês acrescentou que o nível das águas continuou a subir de forma brusca e agressiva. “Uns correram para o topo das árvores e outros para tecto das casas como foi o meu caso. Ficamos assim desde domingo até chegar a ajuda hoje”.

A operação de resgate está a ser dificultada por via marítima, porque grande parte dos barcos de pequeno porte, barcos esses que estão  a ser usados para transportar as vítimas da vila sede até ao mar, onde depois as vítimas são transferidas para navios da marinha de guerra, foram danificados pelo ciclone Idai.

A marinha de guerra indiana  está posicionada no porto da Beira há três dias e está envolvida nas operações de resgate. Espera-se que ao longo do dia de hoje, mais pessoas sejam retiradas da vila sede do Búzi.

Fonte: Opais

 

 

 

 

 

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