Governo assume poder com
cofres vazios, afirma
Ministro das Finanças
Osvaldo Vaz
JT: 12.02.2019 –
Numa entrevista
concedida ao novo
Programa em directo da
Rádio Nacional de São
Tomé e Príncipe
inaugurado no último
sábado dia 9 de
Fevereiro, o Ministro
Santomense das Finanças,
Planeamento e Economia
Azul, Osvaldo Vaz,
afirmou que o 17ºGoverno
Constitucional em que
faz parte, assumiu o
poder com Cofres de
Estado vazios.
Segundo o governante que
falava pela primeira vez
ao Programa, denominado
“ Para Frente São
Tomé e Príncipe”,
conduzido pelo Director
desta estação emissora
do país, Silvério
Amorim, Osvaldo Vaz
citou como o exemplo, a
conta única do tesouro
com apenas o valor de 16
Milhões de Dobras
deixada por anterior
governo, tendo adiantado
que, na conta do
tesouro, as reservas
internacionais líquidas
do país de 31 de
Dezembro de 2018, só dá
para cobrir 1.7
mês
ou seja, menos que três
meses que é o exigível.
Por outro lado, o
Ministro das Finanças,
Planeamento e Economia
Azul, afirmou ainda que,
a dívida pública do
país, ronda os “500
milhões de dólares”,
muitas delas contraídas
para cobrir as despesas
correntes, que não
suportam os custos
correntes, e deu o
exemplo que, a média de
receitas, ou vencimentos
mensais, rondam os
70 milhões de dobras,
e só na administração
pública, os salários são
cerca de 62 milhões
de dobras, e quanto
aos sectores autónomos,
esta diferença não
chega, por isso, a
tendência natural,
enquanto não aumentamos
receitas para cobrir
todas as despesas
mensais, e enquanto não
houver um controlo, e
disciplinarmos as
despesas, o país vai
sempre contrair dívidas,
reafirmou Osvaldo Vaz.
Para o ministro, as
dívidas do país não
podem ser contraídas
fundamentalmente para as
despesas correntes,
porque assim, o país não
terá condições para
pagar estas dívidas,
adiantou Vaz.
O Ministro aproveitou a
ocasião para falar do
balanço da última visita
da missão do FMI que
esteve recentemente em
São Tomé e Príncipe, e
avançou na
circunstância, algumas
medidas que o governo
prevê tomar, para
impulsionar a economia
nacional, quando pela
primeira vez a Senhora
Representante da FMI,
havia afirmado na altura
que a situação da
economia do país, não é
boa, ou seja, não está
num bom caminho, e os
indicadores
macroeconómicos não
estão de boa saúde, no
âmbito das metas que
foram estabelecidas pelo
FMI em 2018, a ao título
do exemplo, é que as
reservas internacionais
líquidas do país, esteve
em baixo.
De forma a ultrapassar a
situação, o governante
disse que com o apoio do
FMI, o actual governo
tudo fará para melhorar
a curto prazo a situação
macroeconómica do país,
apontando no esforço e
nas cobranças dos
impostos, e alargar a
base tributária, e mesmo
não resolvendo o
problema, o governo
pretende alavancar o
sector privado, visto
que os empresários
nacionais sobretudo, não
conseguem solicitar
créditos, porque não
honram com os
compromissos, portanto,
o grande desafio do
actual governo, é criar
condições para que haja
o investimento directo
do estrangeiro, mais
para tal, devemos
melhorar o ambiente de
negócios, com destaque
fundamental para a lição
da democracia, o governo
em parceria com o
sistema judiciário, tudo
fará para que haja a
segurança jurídica, para
que os estrangeiros
sintam seguros para
investirem no país, a
criação de condições, e
de um fundo de garantias
por parte do governo,
para que o empresariado
local funcione, as taxas
de juros a serem
praticados bancos
seleccionados, sejam
taxas de juros baixos,
para que os empresários
e investidores locais,
estejam em condições, e
possam recorrer aos
empréstimos bancários.
Osvaldo Vaz que tutela
igualmente a pasta da
economia são-tomense,
avançou, tendo garantido
que o seu governo está a
trabalhar na resolução
da disparidade salarial
existente na função
pública, e segundo o
governante, já está em
curso, um processo de
levantamento dos
salários praticados no
país, e só depois serão
tomadas as devidas
medidas, para que haja
equilíbrio salarial.
Por ; Adilson Castro