Isabel dos
Santos no
Parlamento
Europeu:
“África tem
de se tornar
digital”
11.01.2019 -
A empresária
participou
como oradora
na Africa
Summit 2019,
uma cimeira
realizada no
Parlamento
Europeu
sobre
oportunidades
das nações
africanas e
a sua
relação com
a Europa.
Isabel dos
Santos falou
hoje no
Parlamento
Europeu
sobre o
papel da
tecnologia
na economia
de futuro em
África e
defendeu o
desenvolvimento
tecnológico
aplicado à
diversificação
e ao
crescimento
de vários
sectores de
atividade
naquele
continente,
desde a
Banca à
Agricultura.
“Um enorme
desafio para
África é
saber como
vai ser
digital.
Ainda não
temos essa
resposta.
Para sermos
competitivos
temos que
usar
tecnologia e
temos, acima
de tudo, que
educar a
população
para que
saiba
utilizar
essa
tecnologia”.
A chairwoman
da Unitel
interveio
como oradora
convidada na
Africa
Summit 2019,
uma cimeira
que decorre
durante o
dia de hoje
em Bruxelas
com o
objetivo de
expandir as
áreas de
cooperação e
aprofundar
desafios e
oportunidades
na parceria
entre a
União
Europeia e
as nações
africanas.
Ao falar no
painel
dedicado ao
tema “África
e Tecnologia
Emergente”,
Isabel dos
Santos
referiu que
“depois da
revolução
das
telecomunicações
móveis, a
próxima
revolução em
África será
a digital.
Em pouco
tempo,
haverá mais
vendas e
transações
por
e-commerce
do que nas
lojas
tradicionais,
e a primeira
vez que
muitos
africanos
terão conta
bancária
será na
banca
digital”.
De acordo
com a
empresária,
também a
área de
planeamento
urbano em
África
constitui um
desafio
tecnológico:
“Transportes
públicos com
conforto,
segurança e
a preços
acessíveis
representam
ainda uma
questão sem
solução na
maior parte
das cidades
africanas. É
fundamental
aplicar a
tecnologia
no
planeamento
urbano e em
cidades
inteligentes
africanas,
que permitam
melhorar a
qualidade de
vida e
otimizar
custos”.
“Precisamos
de apoios no
planeamento
urbano, e na
construção
de cidades
inteligentes
africanas,
dotadas bons
sistemas
transportes
públicos,
onde a
tecnologia
faça parte,
e permita
melhor a
qualidade de
vida a menor
custos,
melhor
gestão dos
recursos
ambientais,
e melhor uso
dos nossos
solos.”
Referindo-se
ao exemplo
do setor da
Agricultura,
Isabel dos
Santos disse
ainda que
“se queremos
um sector
agrícola
competitivo
em África
teremos de
apostar na
Tecnologia
agrícola de
ponta, ou
noutro tipo
de
desenvolvimento
tecnológico
que
possibilite
uma
otimização
de custos,
sermos
competitivos
(…) e eu
acredito que
para isso é
essencial a
capacitação
de governos
e
populações,
para que
deixem de
ter receio
destes novos
conceitos”.
Isabel dos
Santos
deixou ainda
a nota de
que para
apostar no
desenvolvimento
tecnológico
em África
existem
questões
fulcrais,
como a
estabilidade
e
continuidade
do quadro
legal, na
atração de
investimento
e a criação
de emprego,
que devem
ser tidas
como
prioritárias
para que o
continente
se torne
apelativo e
capaz de
reter o
talento
jovem.
“Temos de
promover uma
melhor vida
para todos e
trabalhar
com foco nas
pessoas e na
sustentabilidade
do meio
ambiente",
reforçou.
A empresária
referiu a
importância
da qualidade
da Educação
como chave
para o
desenvolvimento
e
crescimento
das nações
emergentes,
sublinhando
que “a
educação de
qualidade, a
inovação e a
tecnologia
vão
permitir-nos
crescer e
eliminar o
fosso que
existe
atualmente
entre África
e o resto do
mundo”.
Falou também
de alguns
exemplos
concretos de
desenvolvimento
na história
recente de
Angola e de
como a
evolução
tecnológica
teve um
impacto
essencial
para a
reconstrução,
crescimento
do PIB, e
desenvolvimento
acelerado do
País.
Destacando o
papel de
empresas
como a
operadora
móvel Unitel,
que lançou
em parceria
com a Google
um cabo de
fibra ótica
submarino,
que liga
África,
Brasil e
América,
referiu
ainda a
importância
de se
apoiarem as
pequenas
empresas e
promover a
produção
local, e
fazer
aquisições
no mercado
interno para
: “criarmos
mais e
maiores
oportunidades
para os
africanos,
com vista a
satisfazer
as
necessidades
de todos e
contribuir
para o seu
bem-estar.
Temos de
satisfazer
as
expectativas
dos
consumidores
africanos de
ter o mesmo
padrão e
nível de
qualidade
como
qualquer
outro
consumidor,
em qualquer
parte do
mundo”.
Acrescentou
ainda que
foi
utilizada
tecnologia
da Unitel
para ajudar
o combate e
prevenção da
malária em
Angola, bem
como na
proteção da
Palanca
Negra Ginga.
A Africa
Summit é uma
cimeira
organizada
pelo
European
Conservatives
and
Reformists
Group e
pretende
debater
temas
fulcrais
para as
nações
africanas,
tais como
democracia,
segurança,
economia,
questões
relacionadas
com saúde,
tecnologias
emergentes,
utilização
da ajuda
prestada
para o
crescimento
das nações e
o
desenvolvimento
de uma
futura
relação de
cooperação
comercial.
Isabel dos
Santos
interveio
enquanto
chairwoman
da Unitel, a
maior
operadora
móvel de
Angola.
Fundada em
1998, e
lançada a 8
de março de
2001, a
Unitel tem
como
principal
atividade a
prestação de
serviços
móveis de
voz e de
internet.
Como
operadora
móvel líder
em Angola, a
Unitel foi a
principal
responsável
pela
implementação
da rede de
telecomunicação
móveis no
País, tendo
sido uma das
primeiras
operadoras a
lançar
comercialmente
a rede 4G em
África – um
contributo
indispensável
para a
garantia da
melhor
qualidade no
acesso e
transmissão
de dados em
todo o
continente.
Com mais de
11 milhões
de clientes
e cerca de
3.000
colaboradores
diretos em
Angola, é um
dos maiores
empregadores
privados no
País.
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