Portugal foi o segundo
maior destino do
investimento
angolano em 2021,
Maurícias em primeiro
06.05.2022 -
lhas
Maurícias, Portugal,
Ilhas de Man, São Tomé e
Príncipe e Cabo Verde
foram os principais
destinos do investimento
direto angolano no
exterior, que sofreu um
decréscimo em 2021,
devido à alienação de
ativos em Singapura, foi
esta quinta-feira
anunciado.
Segundo o
relatório da Balança de
Pagamentos e Posição do
Investimento
Internacional de Angola
em 2021, divulgada pelo
Banco Nacional de Angola
(BNA), o stock do
investimento angolano no
exterior passou de 3.206
milhões de dólares
(3.051 milhões de euros)
em 2020, para 2.153
milhões de dólares
(2.049 milhões de euros)
no ano passado, fruto da
alienação de alguns
ativos no exterior, mais
concretamente em
Singapura.
A posição
líquida do investimento
internacional registou
uma melhoria do seu
défice, avaliado em
24.222 milhões de
dólares (23.058 milhões
de euros), contra 30.013
milhões de dólares
(20.571 milhões de
euros) registados em
2020, em função do
aumento dos ativos
financeiros e redução
dos passivos face a não
residentes.
O stock
das reservas
internacionais registou
um aumento de 629,6
milhões de dólares
(598,8 milhões de
euros), passando de
14.878,5 milhões de
dólares (14.150 milhões
de euros) em 2020 para
15.508 milhões de
dólares (14.748 milhões
de euros) no ano
seguinte, correspondente
a uma cobertura de 9,9
meses de importação de
bens e serviços.
A balança
de pagamentos registou
em 2021 um saldo
superavitário na ordem
de 134 milhões de
dólares (127 milhões de
euros), contra um défice
de 3.365,5 milhões de
dólares (3.200,8 milhões
de euros) do ano
precedente, enquanto a
posição líquida do
investimento
internacional reduziu o
défice em cerca de
5.790,6 milhões de
dólares (5.507,2 milhões
de euros).
“A conta
corrente apresentou um
desempenho positivo
assinalável, ao registar
em 2021 um saldo
superavitário de 8.398,3
milhões de dólares
[7.988 milhões de
euros], equivalente a
12,4% do PIB [Produto
Interno Bruto], contra
um superavit de apenas
871,9 milhões de dólares
[839 milhões de euros]
(1,6% do PIB) em 2020”,
acrescenta o relatório.
A
melhoria do saldo da
conta corrente é
justificada,
essencialmente, pelo
aumento das receitas de
exportação (conta de
bens), já que este saldo
passou de 11.394,3
milhões de dólares
(10.834,5 milhões de
euros) em 2020 para
21.786,6 milhões de
dólares (20.716,2
milhões de euros) em
2021.
O aumento
considerável é
justificado, sobretudo,
pela recuperação do
preço médio dos
principais bens
(matérias-primas)
exportados por Angola
(petróleo bruto, gás e
diamantes). A variação
do preço de petróleo
teve um efeito positivo
sobre o valor exportado
na ordem de 122,4%,
apesar do comportamento
das quantidades que
apresentou um efeito
negativo de 38,7%.
As
exportações do setor não
petrolífero, mantiveram
um peso residual, e
muito dependente do
setor diamantífero,
cujas exportações
aumentaram para 1.549,6
milhões de dólares
(1.473,3 milhões de
euros). As exportações
dos restantes produtos
(café, pescado, madeira,
cimento, bebidas e
outros), que
representaram apenas
0,6% do valor total,
contraíram em 31,7%, ao
situar-se em 193,5
milhões de dólares
(183,9 milhões de
euros).
A China
manteve-se na liderança
dos destinos da
exportação de petróleo
bruto angolano, com uma
quota de cerca de 71,4%,
seguida da Índia e
Tailândia com 7,1%,
enquanto os Emirados
Árabes Unidos são os que
mais importam diamantes
angolanos (78,4% do
valor total). O valor
das importações de bens
em 2021 cifrou-se em
11.794,8 milhões de
dólares (11.215 milhões
de euros) representando
um incremento de 23,6%
face ao ano precedente,
destacando-se o
crescimento na categoria
dos combustíveis.
Os
principais parceiros
comerciais de Angola em
2021, no que diz
respeito à procedência
das importações foram a
China (14,7%), Portugal
(12,2%), Índia (6,3%),
Togo (5,8%) e Brasil
(4,9%), perfazendo 43,9%
do valor total das
importações. O stock da
dívida externa total
situou-se em 65.910,6
milhões de dólares
(62.674,3 milhões de
euros) no período em
análise, representando
um aumento de cerca de
1.261,7 milhões de
dólares (1.199,6 milhões
de euros).
Por sua
vez, o stock da dívida
externa pública registou
um ligeiro aumento ao
atingir 51.261,3 milhões
de dólares (48.740
milhões de euros),
destacando-se a China e
a Grã-Bretanha como os
principais países
credores do
endividamento público,
com cerca de 68% do
valor total. As
organizações
internacionais ocupam a
terceira posição com um
peso de 8,8%. (Ecosapo)
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