São Tomé e Príncipe
aceita presidência da
CPLP e Marcelo
reafirma “apoio total de
Portugal”
06.04.2022 - Carlos Vila
Nova, o novo Presidente
são-tomense, confirmou
que o país aceita o
desafio de assumir a
presidência da CPLP. O
chefe de Estado
português, Marcelo
Rebelo de Sousa,
reafirmou esta
terça-feira, perante o
seu homólogo
são-tomense, Carlos Vila
Nova, “o apoio total de
Portugal à próxima
presidência da CPLP em
São Tomé e Príncipe”.
“Reafirmei, como tenho
feito e como tem feito o
senhor primeiro-ministro
português, o apoio total
de Portugal à próxima
presidência da
Comunidade dos Países de
Língua Portuguesa (CPLP)
em São Tomé e Príncipe,
já a começar, no quadro
de um consenso que
caracteriza o
funcionamento da CPLP, a
partir do ano próximo”,
declarou o chefe de
Estado português.
Marcelo Rebelo de Sousa
falava no Palácio de
Belém, em Lisboa, após
um encontro com Carlos
Vila Nova, que esta
terça-feira iniciou uma
visita de Estado a
Portugal.
O
Presidente português
assinalou que “São Tomé
e Príncipe foi o segundo
país a subscrever e
ratificar o acordo de
mobilidade” e,
dirigindo-se ao seu
homólogo, reiterou:
“Conta o povo de São
Tomé e Príncipe com o
apoio total de Portugal
a essa presidência”.
Segundo Marcelo Rebelo
de Sousa, será “um
grande momento” e “um
período fundamental para
a CPLP”.
Em 26 de
fevereiro, o Presidente
são-tomense disse à
agência Lusa que “não
está fechado” ainda o
assunto da eventual
presidência da CPLP por
parte de São Tomé, a
seguir a Angola,
considerando que, “neste
momento, as condições
internas” do país “não o
permitem”.
“A seu
tempo nós tomaremos a
decisão que convier à
comunidade – é verdade,
mas sobretudo – a São
Tomé e Príncipe, porque
nós não queremos assumir
uma presidência que
depois não estaremos à
altura de exercer na
plenitude ou de assumir
completamente este
desafio para o bem de
todos”, acrescentou.
MARCELO
REALÇA “PRESENÇA
FORTÍSSIMA E
QUERIDÍSSIMA DA
COMUNIDADE SÃO-TOMENSE”
EM PORTUGAL
Marcelo
Rebelo de Sousa esteve
na cerimónia de posse de
Carlos Vila Nova como
Presidente da República
de São Tome e Príncipe,
em 2 de outubro de 2021,
e nessa ocasião,
convidou o seu homólogo
a visitar Portugal. Esta
terça-feira, o
Presidente português
realçou a “presença
fortíssima e
queridíssima da
comunidade são-tomense”
em Portugal, e assinalou
que Carlos Vila Nova
também tem cá “raízes
familiares”.
Segundo o
chefe de Estado
português, no encontro
desta terça-feira os
dois abordaram “de forma
breve a situação
internacional”,
partilhando “preocupação
com a situação
económica, financeira e
social” resultante da
guerra na Ucrânia.
IDENTIFICADOS “MUITOS,
MUITOS PONTOS POSITIVOS”
NO PLANO BILATERAL
No plano
bilateral, Marcelo
Rebelo de Sousa disse
que foram identificados
“muitos, muitos pontos
positivos, e depois
sonhos e ambições para o
futuro”. “Muito positivo
o acordo entre nossos
dois Governos no ano
passado relativamente ao
Programa Estratégico
para a Cooperação (PEC)
2021-2025, mais
ambicioso”, destacou.
Em julho
do ano passado, os
Estados-membros da CPLP
decidiram adiar a
decisão sobre o país a
presidir à organização,
após a atual presidência
de Angola, o que o
Presidente português,
Marcelo Rebelo de Sousa,
explicou que se devia às
eleições presidenciais
em São Tomé e Príncipe,
para saber se o vencedor
aceitaria esse papel.
Carlos
Vila Nova, apoiado pelo
partido Ação Democrática
Independente (ADI),
venceu as eleições
presidenciais de 5 de
setembro, à segunda
volta, derrotando
Guilherme Posser da
Costa, apoiado pela
maioria parlamentar
MLSTP-PSD/PCD/MDFM/UDD
que suporta o executivo
são-tomense.
A meio
desse mês, em Nova
Iorque, Marcelo Rebelo
de Sousa considerou,
após “encontros
informais com chefes de
Estado de países de
língua portuguesa”, que
estava “muito clara a
vontade de São Tomé e
Príncipe ter a
presidência da CPLP”. Em
outubro, a ministra dos
Negócios Estrangeiros
são-tomense, Edite Tem
Jua, afirmou “São Tomé
pode e deve como
qualquer outro parceiro
dentro da comunidade
aceitar a presidência da
CPLP”, ressalvando que o
país deseja “uma relação
boa entre os parceiros e
sobretudo decisões
feitas com base no
consenso”.
Quanto às
contribuições de São
Tomé para a CPLP, a
ministra alegou que não
constituem “uma condição
fundamental para que um
Estado seja ou não
elegível para preencher
um dos pontos ou
candidatar-se para
alguns dos órgãos dentro
da Comunidade dos Países
de Língua Portuguesa (CPLP)”
e referiu que naquele
ano tinha sido feito o
pagamento da respetiva
quota. Criada em 1996, a
CPLP tem atualmente nove
Estados-membros: Angola,
Brasil, Cabo Verde,
Guiné-Bissau,
Moçambique, Portugal,
São Tomé e Príncipe,
Timor-Leste e Guiné
Equatorial – cuja
adesão, em 2014, criou
polémica.
Fonte: SIC Notícias
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