Homem deve adaptar-se e
prevenir as
consequências das
Mudanças Climáticas -
defende o técnico
28.05.2019 -
Os fenómenos climáticos,
como a chuva, a seca, o
calor e o frio
exagerados estão a
deixar o mundo inteiro
muito preocupado. Em
S.Tomé e Príncipe alguns
desses problemas, como a
diminuição da quantidade
de chuva e do caudal dos
rios estão a criar
problemas sérios à
agricultura em
particular, à economia
do país e ao meio
ambiente.
Para o técnico José Luís
Onofre do Instituto
Nacional de Metrologia (INM)
é urgente redobrar os
esforços nacionais de
prevenção e
sensibilização dos
cidadãos sobre este
assunto, disse
acrescentando serem
reflexos das alterações
climáticas.
O técnico José Luís
Onofre reconhece como
prioritário “O papel do
Instituto Nacional de
Meteorologia na
observação e
disseminação de
informações
meteorológicas” de modo
a ajudar os cidadãos a
mudar de comportamento e
a se protegerem antes
que seja tarde.
Sobre a dura realidade
das Mudanças Climáticas
em S.Tomé e Príncipe
”temos a precipitação
que tornou-se irregular,
com tendência a diminuir
cada vez” se comparada
com os últimos dez anos,
constatou o técnico José
Luís Onofre.
Já que ”o homem não
consegue parar os
fenómenos meterológicos”
(…) “deve adaptar-se”,
adverte o nosso
entrevistado,
esclarecendo que, ao não
poder travar os
fenómenos, deve sim
mudar de comportamento e
adaptar-se às
consequências das
mudanças climáticas em
todos os sectores da
vida do país.
Este técnico do INM
reconhece que o país já
dispõe de meios técnicos
de alerta e de quadros
técnicos qualificados
para lidar com tais
fenómenos, sobretudo
para a prevenção e
alguns aspectos da
mitigação através de
alertas precoces e
medidas de adaptação
apropriadas aos
fenómenos climatéricos
alterados.
Sobre o mecanismo de
acompanhamento das
mudanças climáticas,
José Luís enalteceu o
processo que vai desde à
recolha de dados até a
sua divulgação,
registando valores e
fazendo observações
feitas que, “servem de
referência e as para os
diferentes sectores”
que, segundo este
especialista, se baseiam
em “previsões que são
disseminadas através da
Rádio Nacional e pela
CONPREC, os principais
parceiros de
divulgação”.
Ao finalizar a nossa
entrevista, o técnico
José Luís Onofre
informou-nos de que os
progressos conseguidos
pelo INM no domínio
técnico devem-se a
parcerias, “através de
projectos, como o do
sistema de alerta
precoce e de protecção
das zonas costeiras”,
adiantando que é neste
quadro que se inclui o
CONPREC, (Conselho
Nacional de Prevenção e
Resposta a Catástrofes),
que através dos Comités
Locais de Prevenção
criados têm contribuído
para melhorar o estado
de alerta das populações
aos fenómenos climáticos
extremos.