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Preços de alimentos reduzem poder de compra

e trazem ameaça de fome

18.06.2024 - Com a escalada nos preços dos produtos alimentares essenciais em São Tomé e Príncipe, os consumidores estão a ficar cada vez mais apertados e, para garantir alimentação mínima, optam por bens com menor qualidade, pondo em causa a sua saúde. E nalguns casos a opção é mesmo passar fome. Os salários, já de si muito baixos, não ajudam a contrariar esta situação, e ao invés disso, afectam negativamente a vida de milhares de cidadãos são-tomenses.

O aumento do custo de vida está a obrigar as famílias a adoptarem várias formas de "sobrevivência" que afectando deste modo a qualidade de vida maioria da famílias, baixando gravemente o nível anteriormente já adquirido.

A razão é única: o aumento exagerado dos preço dos bens alimentares e outros essenciais de primeira necessidade."Está a ficar cada vez mais difícil. E, mesmo cortando algumas coisas, nem sempre se consegue aguentar", disse ao Jornal Transparência, Edna Santos quando analisava o que comprar num dos hipermercados da capital.

Para esta escriturária, os preços dos produtos têm aumentado constantemente, muitas das vezes sem qualquer aviso prévio. "Produtos que ontem custavam um preço, no dia seguinte já estão mais caros. A pessoa vem com a ideia de comprar determinadas coisas e tem de alterar devido a esta situação", disse.

Para quem ainda pode, "a solução é mesmo só comprar o essencial. Se antes ainda podíamos comprar alguns mimos, agora não. Perdemos alguma qualidade, que até gostávamos. Agora é mesmo apertar e rezar para que as coisas melhorem", concluiu.

"Antes dificilmente recorria aos armazéns. Mas com este aumento dos preços de alguns produtos passei a comprar nestes estabelecimentos. Mesmo nos supermercados já não compro muita coisa e algumas que compro têm de ser bem geridas em casa. Já não se desperdiça comida", desabafou.

Em São Tomé e Príncipe o preço dos produtos de primeira necessidade aumentaram, em média, mais de 30 por cento. O pão não subiu de preço, mas ficou mais caro porque o tamanho e o peso diminuíram bastante.

Por exemplo, um kg de feijão é vendido a 100 dobras, de pimentão 200 dobras, de malagueta 200 dobras, de tomate 80 dobras, de cenoura 80 dobras, de cebola 60 dobras, de pepino 20 dobras, matabala 100 dobras. Nalguns casos os produtos hortícolas são mais caros em São Tomé, como são os casos de tomate a ser vendido entre 100 e 120 dobras o kg.

Por: João Soares

 

 

 

 

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