Exportações lusófonas
para a China
fixam novo recorde até
maio
04.07.2024 - As
exportações dos países
de língua portuguesa
para a China registaram
o melhor arranque de ano
de sempre, ao atingir
58,4 mil milhões de
dólares (54,3 mil
milhões de euros) nos
primeiros cinco meses de
2024.
Este é o valor mais
elevado para o período
entre janeiro e maio
desde que o Fórum para a
Cooperação Económica e
Comercial entre a China
e os Países de Língua
Portuguesa (Fórum de
Macau) começou a
apresentar este tipo de
dados dos Serviços de
Alfândega da China, em
2013.As exportações
aumentaram 11,2% em
termos anuais sobretudo
devido ao maior
fornecedor lusófono do
mercado chinês, o
Brasil, cujas vendas
cresceram 12,8%, para
48,8 mil milhões de
dólares (45,4 mil
milhões de euros), um
novo máximo para os
primeiros cinco meses do
ano.
As vendas de mercadorias
de Angola para a China
aumentaram 4,7% para
7,16 mil milhões de
dólares (6,67 mil
milhões de euros),
enquanto as exportações
de Portugal subiram
10,7% para 1,24 mil
milhões de dólares (1,16
mil milhões de euros).Os
dados, divulgados na
terça-feira, mostram que
a maioria dos países de
língua portuguesa
exportou mais para a
China, incluindo
Moçambique, cujas vendas
subiram 19,6%, para
641,6 milhões de dólares
(597,2 milhões de
euros).Também Cabo Verde
(+21,1%) e Guiné-Bissau
(+1173,3%) viram as
exportações para a China
aumentar nos primeiros
cinco meses de 2024,
embora nenhum dos dois
países tenha vendido
mais de seis mil dólares
(5.500 euros) em
mercadorias.
Já as exportações da
Guiné Equatorial para o
mercado chinês desceram
6,9%, para 517,3 milhões
de dólares (481,5
milhões de euros),
enquanto as vendas de
Timor-Leste (menos
37,2%) e de São Tomé e
Príncipe (menos 89%)
caíram em comparação com
o período entre janeiro
e maio de 2023.
Na
direção oposta, os
países lusófonos
importaram mercadorias
no valor de 34 mil
milhões de dólares (31,7
mil milhões de euros) da
China, um aumento anual
de 16,1% e um novo
recorde para os
primeiros cinco meses do
ano.
O Brasil
foi o maior parceiro
comercial chinês no
bloco lusófono, com
importações a atingirem
28,5 mil milhões de
dólares (26,5 mil
milhões de euros),
seguido de Portugal, que
comprou à China
mercadorias no valor de
2,55 mil milhões de
dólares (2,37 mil
milhões de euros).
Ao todo,
as trocas comerciais
entre os países de
língua portuguesa e a
China atingiram 92,4 mil
milhões de dólares (86
mil milhões de euros)
entre janeiro e maio,
mais 12,9% do que em
igual período de 2023 e
um novo máximo para os
primeiros cinco meses do
ano. A China registou um
défice comercial de 24,3
mil milhões de dólares
(22,6 mil milhões de
euros) com o bloco
lusófono no período
entre janeiro e maio
deste ano.
Em abril,
o Fórum de Macau
realizou a sexta
conferência ministerial,
durante a qual foi
aprovado o novo plano de
ação do organismo até
2027.De acordo com o
documento, a China e os
países de língua
portuguesa querem
explorar novas áreas de
cooperação, como a
economia digital e a
economia azul, além de
fortalecer a colaboração
na resposta às
alterações climáticas.
VQ (EJ/CAD)
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