As linguagens corporais
de algumas vítimas de
assédio
Por Uemerson Florêncio
26.06.2024 -
Uma
vítima de assédio ao
ouvir a voz ou o nome da
pessoa que lhe assediou,
pode ter uma mudança
súbita de humor. As suas
micro expressões faciais
expressam algum tipo de
repudio, insatisfação ou
apreensão, porque as
memórias traumáticas das
dores causadas, modelam
a sua face com tais
sentimentos. Quantas
situações foram
desenhadas em sua
memória neste momento?
É
possível notar uma
ligeira palidez, falta
de ar, tremor e variação
da pressão quando a
pessoa assediadora se
aproxima da vítima para
qualquer tipo de
abordagem. Tal alteração
no quadro de saúde
física é notada quando
ela é surpreendida pela
presença deste predador
da dignidade humana no
ambiente familiar ou em
espaços reservados no
trabalho. Quantas vezes
você foi surpreendida
pela perda da voz por
conta da tensão criada
pela presença de um
assediador?
Neste
caso, o movimento súbito
também lhe acontece,
pois ela, de uma hora
para outra, minifesta
grande pressa para
terminar as tarefas do
expediente ou ainda, não
entra na sala da pessoa
assediadora. Caso ela
tenha esta necessidade é
uma verdadeira agressão
para esta vítima, o
corpo vibra
negativamente, a tensão
se eleva e se este
assediador notar tal
mudança tenta
impressionar com jogos
de olhares e indiretas
sutis hostilizadoras.
Quantas vezes você viveu
esta tensão de ver o seu
corpo tremer por conta
de assediadores?Há
muitas vítimas que
manifestam diversas
rejeições dentro dos
seus relacionamentos,
por conta de assédios
vividos na infância,
dentro da sua própria
família. Comportamentos
inapropriados de pais
para as filhas, por
exemplo, os quais, tem
em suas filhas a
extensão dos seus
desejos ocultos que
deveriam ser expressos
para as suas esposas.
Quantas crianças são
vítimas hoje dentro da
sua casa ou na casa ao
lado?
Há
mulheres que hoje não
conseguem se permitir, a
um aperto de mão, abraço
ou qualquer gesto de
afeto físico, quer seja,
do namorado, marido ou
filhos. É importante
respeitar estes
comportamentos, afinal,
ninguém sabe o que cada
possoa passou, são baús
com grandes porções de
dores guardadas. Não
julgue, não piore a
situação dela, pare,
observe, busque dialogar
de forma leve e não
invasiva.
E,
como fazem o papel de
homem integro, bom pai,
cheio de bons costumes é
um predador da dignidade
de quem deveria
proteger. Geralmente, os
assediadores têm um tipo
de discurso próprio,
muito particular, um
tipo de voz, um tipo de
olhar, um tipo de toque,
onde manifesta as suas
mais sombrias fantasias
dilaceradoras. Muitas,
são tomadas por um
sentimento de profunda
hostilidade direcionado
aos homens em geral que
cruzam a sua vida. É o
seu caso? Busque auxílio
para melhorar o seu
padrão comportamental.
É
visível que esta grande
agressividade gratuita e
generalizada não é
normal, é estranha.
Afinal, tais atitudes
ficam mais evidentes
quando alguns homens se
expressam mesmo que
inconsciente, mas muito
similar as atitudes do
assediador. Este é o
momento que os traumas
falam mais alto!
Outras vítimas
domésticas, geralmente
se reportam a algum
ponto de apoio que pode
ser a mãe, avó, tia,
sendo que estas pessoas
não sejam favoráveis ao
assediador. Afinal ela o
evita de todas as
formas, mesmo porque, há
mães ou responsáveis que
ignoram os
comportamentos destes
predadores da dignidade
humana.
Muitas vítimas saem como
erradas, elas buscam
apoios, mas não tem,
buscam ouvidos e são
ignoradas. Afinal, o
predador da dignidade
humana, este algoz é a
pessoa que coloca a
comida dentro de casa, é
o que paga as contas do
mês, é o que paga o
salão de beleza da mãe
ou responsável.
A
vítima evita ter contato
visual com a pessoa
assediadora, seja na
família ou no ambiente
de trabalho. Quando é
para responder ao
assediador, a vítima
adota falas
monossilábicas sem
qualquer expressão de
afeto. Ela também adota
uma postura silenciosa
no caminhar ou no falar,
evita que a sua voz seja
escutada nos corredores
da casa ou da empresa
para que não seja
reconhecida.
É
muito importante focar
para estes pontos a
seguir: Atenção aos seus
filhos quando voltarem
das escolas. Eles
demonstram alguma
mudança comportamental?
Deixaram de gostar da
escola? Seus filhos
demonstram alguma
resistência com relação
a algum professor ou
funcionário? Quais são
as aulas mais agráveis e
divertidas? Nunca se
sabe porque é tão
agradável assim, correto?
Devemos considerar que
muitas vezes, as alunas
tem suas carências
naturais e muitos
assédios nascem de forma
muito sutil.
Muitos assédios
acontecem entre o
profissional e a
criança, onde ela
acredita estar recebendo
apenas carinho e a
escola não sabe. Mas há
gestores escolares que
descobrem casos de
assédio, no entanto, os
assediadores são
protegidos para não
prejudicar a imagem
perante a sociedade.
Atenção as mulheres em
geral das nossas
famílias e das redes de
amizades que são na
maioria das vezes, as
principais vítimas de
assédio no ambiente de
trabalho, assédio moral
e sexual. Atenção se a
sua filha mudar o
comportamento com quem
quer que seja da
família, pare, observe.
Quem lhe causa mais
evidente desconforto na
família? Em qual momento
isso fica mais evidente?
Como ela se comporta em
contato com esta pessoa?
Como é a abordagem desta
pessoa perante a sua
filha ou filho?*
Uemerson Florêncio –
(Brasileiro)
Empreendedor. Treinador,
palestrante e
correspondente
internacional de opinião
para 5 países de língua
portuguesa na África
(São Tomé e Príncipe,
Cabo Verde, Moçambique,
Guiné Bissau e Angola),
7 países de língua
espanhola (Argentina,
Paraguai, Colômbia,
Uruguai, Chile, Peru e
Espanha) e Estados
Unidos e Brasil, onde
expõe sobre a análise
dalinguagem corporal,
gestão da imagem,
reputação e crises, além
de desenvolvimento de
cidades. Criador do
método pentágono da
comunicação. Gestor de
conteúdo do site da
empresa Conceito
Treinamentos no Brasil.