PR brasileiro promete
reforçar apoios em diversas
áreas aos PALOP e África

03.07.2023 - Lula da Silva,
que sublinhou pretender
“visitar muitos países
africanos”, frisou que o
país terá “acréscimo de
ofertas de vagas” para
africanos estudarem no
Brasil e que vai “tentar
criar universidades abertas
em alguns países africanos
em convénio com
universidades brasileiras”.
Lula da Silva, prometeu hoje
apoiar os Países Africanos
de Língua Oficial Portuguesa
(PALOP) e o continente
africano em áreas que vão
desde a educação,
agricultura e tecnologia.“ O
Brasil vai voltar a tentar
ajudar, naquilo que for
possível, com transferência
de tecnologia”, vagas
universitárias,
universidades abertas,
medicina e conhecimento
agropecuário, afirmou o
Presidente brasileiro,
quando questionado pela
agência Lusa, durante um
pequeno-almoço que o chefe
de Estado brasileiro
organizou para a imprensa
internacional, no Palácio do
Planalto, em Brasília
.Lula da
Silva, que sublinhou
pretender “visitar muitos
países africanos”, frisou
que o país terá “acréscimo
de ofertas de vagas” para
africanos estudarem no
Brasil e que vai “tentar
criar universidades abertas
em alguns países africanos
em convénio com
universidades brasileiras”.
A Empresa
Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa), que
já chegou a estar no
continente africano, mas que
foi desmantelada, segundo
Lula da Silva, “depois do
golpe” a Dilma Rousseff,
poderá voltar a África.
“Vamos
tentar voltar com a Embrapa
no continente africano para
que África possa ter a mesma
oportunidade de crescimento
que teve o Brasil”, disse.Em
relação à medicina, o chefe
de Estado brasileiro, deu o
exemplo de Moçambique e
frisou que o país quer
“ajudar na produção de
remédios e melhorar a
fábrica dos antirretrovirais”
em Moçambique.
Em abril
de 2012, o então
vice-Presidente do Brasil do
Governo de Dilma Rousseff,
Michel Temer, assistiu ao
arranque das operações de
embalagem, armazenagem,
controlo de qualidade e
distribuição da Niverapina
na fábrica de
antirretrovirais, localizada
na Matola, arredores de
Maputo, capital moçambicana.
O
empreendimento contava com o
apoio do Governo brasileiro,
no qual deveria desembolsar,
até 2014, cerca de 23
milhões de dólares (cerca de
19 milhões de euros) para
todo o projeto. O projeto,
contudo, não teve o efeito
desejado para Moçambique,
com Lula da Silva, 11 anos
mais tarde, a prometer um
novo reforço.“Tudo isso está
nos meus compromissos com o
continente africano”,
garantiu o Presidente
brasileiro.
Lula
falou ainda sobre a sua
viagem a África na segunda
quinzena de agosto, para
participar na cimeira dos
BRICS (grupo de países
emergentes que inclui
Brasil, Rússia, Índia, China
e África do Sul), no país
africano, e para participar,
em São Tomé e Príncipe, na
XIV Conferência de Chefes de
Estado e de Governo da
Comunidade dos Países de
Língua Portuguesa (CPLP) e
ainda uma viagem oficial a
Angola.O Presidente
sublinhou que “já deveria
ter ido a Angola”, mas que
assuntos internos
brasileiros o impediram.
“Mas
agora a seguir à África do
Sul vou passar em Angola e
São Tomé e Príncipe”,
frisou, observando que já
esteve em Cabo Verde, num
encontro com o seu homólogo
cabo-verdiano, José Maria
Neves, que decorreu no
aeroporto internacional da
Praia durante uma paragem de
Lula da Silva antes de
regressar ao Brasil, depois
de participar na cimeira
entre a União Europeia e a
Comunidade de Estados
Latino-Americanos e
Caribenhos (CELAC), em
Bruxelas.
Para
reforçar o seu compromisso
com o continente africano, o
chefe de Estado brasileiro
disse ainda que, “se for
convidado”, irá participar
da reunião da União Africana
no início do próximo ano,
que decorre em Addis Abeba,
na Etiópia.Lula da Silva
apelou ainda ao resto do
mundo que volte a investir
em África.
“Como o
continente africano é um
continente que bem ou mal
vem crescendo acima da média
dos outros países acho que o
mundo tem de voltar a
investir no continente
africano”, sublinhou. “Quem
sabe a África pode produzir
hidrogénio verde, etanol,
biodiesel”, disse.