Administração da
cervejeira Rosema acusa
polícia Nacional
de assaltar
fábrica sem mandado

14.07.2023 - Manuel
Martins Quaresma disse
que “não houve nenhuma
resistência” por parte
dos funcionários que
estiveram na fábrica,
mas “as pessoas que
estão lá a viver vão
sair” e não sabiam aonde
iam dormir.
O
administrador da
cervejeira Rosema,
Manuel Martins Quaresma
acusou hoje a Polícia
Nacional de São Tomé e
Príncipe de assaltar a
fábrica, em Lembá, norte
de São Tomé, sem mandado
do tribunal, acusação
refutada pela
instituição
policial.“Apareceram
quatro polícias para
assaltar a fábrica,
assaltaram mesmo a
fábrica, ocuparam a
fábrica, expulsaram as
pessoas que vivem lá sem
papeis nenhum, sem
advogado nenhum, sem
documento do tribunal”,
disse à Lusa, Manuel
Martins Quaresma.
Segundo o representante
da cervejeira Rosema,
atualmente propriedade
do empresário Angolano
Mello Xavier, a
intervenção da polícia
começou por volta das 20
horas local.Manuel
Martins Quaresma disse
que “não houve nenhuma
resistência” por parte
dos funcionários que
estiveram na fábrica,
mas “as pessoas que
estão lá a viver vão
sair” e não sabiam aonde
iam dormir.“Estamos na
cidade e eles estão lá à
deriva”, disse.
Contactado pela RSTP o
porta-voz da Polícia
Nacional Odair dos Anjos
refutou a acusação de
assalto, mas confirmou
uma “ação preventiva”
nas instalações da
fábrica. “A Polícia está
ali para manter a ordem
e tranquilidade,
defender e manter a
segurança da empresa,
proteger todos os bens e
prevenir alguma
situação”, sublinhou o
comissário da Polícia
Nacional são-tomense.
Questionado sobre o
mandado de execução do
Tribunal, Odair dos
Anjos assegurou que
“para a polícia
permanecer nas
instalação ou fazer
patrulha e até mesmo
entrar na instalação” é
porque “está dotada de
alguma autorização que
legitima esse processo”.
Segundo o comissário,
foram enviados reforços
do comando central de
Água Grande e uma equipa
do Grupo de Intervenção
que irá pernoitar no
comando distrital de
Lembá “para dar algum
apoio” aos elementos no
terreno.
Lusa