PR da Guiné-Bissau
admite abdicar da
presidência
da CPLP após São Tomé e
Príncipe

07.07.2023 -
O
Presidente da
Guiné-Bissau, Umaro
Sissoco Embaló, admitiu
abdicar da presidência
rotativa da Comunidade
dos Países de Língua
Portuguesa (CPLP) e
optar antes por presidir
à União Económica e
Monetária da África
Ocidental (UEMOA).
"Tudo
está em aberto. Estou a
avaliar essa
possibilidade, mas já
estou a sentir a
manifestação de um outro
país que me pediu para
lhe passar a
presidência. Agora,
estou a ponderar
fazê-lo", disse Umaro
Sissoco Embalo, em
entrevista à Lusa e à
RDP, quando questionado
sobre se a Guiné-Bissau
iria assumir a
presidência da CPLP após
São Tomé e Príncipe, que
receberá a presidência
de Angola na próxima
cimeira, em 27 de agosto,
em São Tomé.
O
Presidente destacou
também que no próximo
ano, em 2024, a
Guiné-Bissau deverá
assumir, "em princípio",
a UEMOA e que "preferia
presidir" àquela
organização monetária
regional em detrimento
da CPLP.
"É
uma organização
monetária da zona.
Estamos num período em
que estamos a pensar
mudar o nome da nossa
moeda e estamos a pensar
na integração de mais
países para termos a
nossa moeda comum. Penso
que esta batalha
sub-regional é
importante e depois
tenho tempo de presidir
à CPLP", explicou o
Presidente.
A
UEMOA foi criada em 1994
e tem como objetivo
criar na África
Ocidental um espaço
económico com total
liberdade de circulação
de pessoas, capitais,
bens e serviços e é
integrada por oito
países que têm como
moeda única o franco
cfa.Além da
Guiné-Bissau, a
organização regional
económica é integrada
pelo Benim, Burkina Faso,
Costa do Marfim, Mali,
Níger, Senegal e Togo.
"A
Guiné-Bissau é também
candidata à presidência
da União Africana. Tenho
a solidariedade e o
acordo dos meus colegas.
Se não tivesse
desempenhado bem a
presidência da CEDEAO
nunca poderia ser
candidato à presidência
rotativa da União
Africana", disse Umaro
Sissoco Embaló.
O
presidente argumentou
ainda que também tem de
se concentrar na
política interna, tendo
já admitido que pretende
recandidatar-se nas
próximas presidenciais,
previstas para 2025.A
CPLP realiza a sua
cimeira em 27 agosto em
São Tomé e Príncipe,
sendo este país a
assumir a presidência
nos próximos dois
anos.Integram a CPLP
Angola, Brasil, Cabo
Verde, Guiné-Bissau,
Guiné Equatorial,
Moçambique, Portugal,
São Tomé e Príncipe e
Timor-Leste.
MSE // VMLusa/Fim