PR de São Tomé quer
esclarecimentos
sobre a crise de
combustíveis

03.07.2023 - O
Presidente são-tomense
disse hoje que é
necessário esclarecer
cabalmente a crise de
combustíveis que
paralisou o país por
mais de duas semanas
para não se repetir o
mesmo erro, e que a
responsabilização deve
der feita.
Interpelado pela
imprensa no aeroporto de
São Tomé, antes de
viajar para Gabão para
participar numa cimeira
de chefes de Estado da
Comunidade Económica do
Estados da África
Central (CEEAC), Carlos
Vila Nova disse que
acompanhou a crise de
escassez de combustíveis
"com precaução" e "com
preocupação",
assinalando que "estando
a situação resolvida ou
controlada" o país pode
agora tirar ilação.
"É
verdade que o problema
de combustível é um
procedimento de rotina
São Tomé e Príncipe --
São Tomé e Príncipe já
importa combustível há
muitos anos - e agora,
como também disse o
senhor
primeiro-ministro,
importa esclarecer
cabalmente o que
aconteceu para que não
se cometa os mesmos
erros e se há
responsabilização que
ela também deva ser
feita", disse o
Presidente são-tomense.
"Eu acho
que é preciso saber o
que se passou e é
preciso evitar que volte
a acontecer porque [por]
15 dias o país esteve
paralisado", sublinhou
Carlos Vila Nova.
O
Presidente são-tomense
disse que não responde
as críticas que lhe têm
sido feitas pelo
Movimento de Libertação
de São Tomé e
Príncipe/Partidos Social
Democrata (MLSP/PSD), o
maior partido da
oposição são-tomense.
São Tomé
e Príncipe ficou sem
combustível até a última
sexta-feira, devido a
dificuldades de
abastecimento de um
navio que transportou o
combustível proveniente
do Togo, mas, por razões
técnicas e apesar de
várias tentativas, não
conseguiu descarregar.
As
autoridades são-tomenses
tiveram que recorrer aos
serviços da Estação da
Voz da América no
arquipélago que
disponibilizaram 500 mil
litros de gasóleo para
evitar o colapso do
país.
Para
ultrapassar a crise foi
necessário um navio mais
pequeno também
proveniente do Togo e
com as características
necessárias para receber
o combustível do
primeiro navio e depois
fazê-lo chegar aos
terminais.
A
oposição são-tomense
acusou o Governo de
"incompetente" na gestão
da crise e pediu a
constituição de uma
comissão parlamentar de
inquérito para averiguar
todo o processo de
compra do lote de
combustível e as
responsabilidades pela
crise subsequente.JYAF
(JH) // RBFLusa/Fim