Governo são-tomense
garante que está
empenhado “na
implementação do
reajuste salarial”
16.11.2021 - O ministro
são-tomense das
Finanças, Engrácio Graça
assegurou hoje que o
Governo está empenhado
na implementação do
reajuste salarial com
base numa "negociação
ampla," para qual espera
"abertura total de
todos" os sindicatos de
trabalhadores.
“Éfalso
dizer que o Governo não
quer levar adiante o
processo de reajuste.
Mas, também tem que se
dizer que é preciso ver
todos os impactos antes
de chegar a um valor
real e justo […]. É isso
que o Governo está a
fazer e o Governo está
determinado em levar a
cabo esse processo de
reajuste salarial”,
disse o ministro das
finanças, depois de
entregar no Parlamento a
proposta do Orçamento de
Estado de 2022.
Engrácio
Graça, deixa cair por
terra a promessa do seu
antecessor e outros
membros do Governo de
implementar o processo
com retroatividade a
partir de janeiro de
2021, justificando que
“o processo [inicial]
foi retirado na
Assembleia”.
“Tem que
se arrancar um processo
novo porque não existe
neste momento nada na
Assembleia”, precisou o
ministro das Finanças
referindo que “se houver
abertura e rapidez entre
as partes, sobretudo ao
nível dos sindicatos”
pode ser que se alcance
entendimentos rápidos
para avançar com algumas
medidas que salvaguardam
determinados ramos de
atividades “enquanto não
se avança para a decisão
final”.
Engrácio
Graça defendeu que “é um
processo que não pode
deixar ninguém de lado”
e considerou que “os
sindicatos têm que se
juntar ao Governo
trazendo as suas
propostas” para serem
discutidas e chegar-se a
um reajuste salarial
equilibrado e que
traduza “a igualdade que
deve existir no seio da
população”.
“Quanto
mais cedo concluirmos o
processo [de
negociações]
implementaremos o
reajuste, mas não
podemos implementar um
reajuste a pressas para
mais tarde criar
dificuldades aos
próprios trabalhadores.
É preciso que façamos
com cautela todas as
negociações que devem
ser feitas com os
sindicatos”, explicou,
Engrácio Graça.
No
sábado, o
primeiro-ministro
são-tomense, Jorge Bom
Jesus, já havia admitido
que o Governo poderá não
conseguir implementar o
reajuste salarial de uma
só vez, alegando que as
“reações vindas de
vários grupos
socioprofissionais”
obrigaram a reavaliar o
documento.
Jorge Bom
Jesus reafirmou que “há
uma injustiça salarial
ao nível da pirâmide que
vem de algum tempo a
esta parte e que importa
corrigir”, tendo
assegurado que “é um
compromisso assumido”,
mas que o seu Governo
poderá não conseguir
concretizar.
“Se não
conseguirmos fazer de
uma fez só, penso que de
uma forma faseada vamos
fazer”, disse,
explicando que quando se
referiu por diversas
vezes “que é um processo
irreversível” nunca
teria “balizado o tempo”
para que o processo
fosse concluído.
A
proposta de revisão da
grelha salarial foi
apresentada pelo Governo
ao parlamento em maio,
mas foi rejeitada por
vários sindicatos que
entram em greve nos
meses que se seguiram
forçando o executivo a
retirar a proposta cinco
meses depois, em 12 de
outubro.
O antigo
ministro das Finanças,
Osvaldo Vaz, que
conduziu toda a
negociação inicial de
elaboração do reajuste e
as discussões com os
sindicatos grevistas,
demitiu-se do cargo e
foi exonerado em 29 de
setembro, tendo sido
substituído por Engrácio
Graça que agora assumiu
os comandos das
negociações para a
implementação do
documento que, segundo o
Governo, “vai trazer
justiça salarial na
administração pública”
são-tomense.
Lusa-JYAF
//RBF
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