Projeto PAS – Políticas
Agroalimentares
Sustentáveis
mobilizou a sociedade
civil são-tomense
09.11.2021 - O projeto
PAS – Políticas
Agroalimentares
Sustentáveis,
implementado em São Tomé
e Príncipe, mobilizou,
durante a semana de 25 a
29 de outubro, a
sociedade civil
são-tomense em torno do
debate sobre a
implementação de
políticas públicas com
impacto no acesso e na
gestão dos recursos
naturais, redução da
pobreza e da insegurança
alimentar e nutricional.
No dia 26 de outubro,
decorreu, no Centro de
Recursos da Rede da
Sociedade Civil para
Segurança Alimentar e
Nutricional de São Tomé
e Príncipe (RESCSAN-STP),
em Mesquita, a sessão de
fortalecimento de
capacidades sobre
Sistemas Importantes do
Património Agrícola
Mundial (SIPAM), com
vista à construção
participativa do Plano
de Ação SIPAM-STP.
O programa SIPAM foi
proposto pela
Organização das Nações
Unidas para a
Alimentação e
Agricultura (FAO) desde
o início dos anos 2000 e
visa promover a gestão
sustentável de
territórios rurais com
padrões de adaptação às
condições locais e usos
do solo, conformando-se
como sistemas agrícolas
de interesse cultural,
que contribuem para a
conservação da
agrobiodiversidade e
para a segurança
alimentar das
comunidades.
No caso de São Tomé e
Príncipe, a candidatura
em construção pelo país
pretende propor todo o
território nacional como
SIPAM, colocando o
sistema de plantação de
cacau de sombra da
agrossilvicultura no
centro do processo, que
englobará igualmente o
papel da agricultura de
subsistência e dos
produtos florestais não
lenhosos proporcionados
pela floresta primária,
na promoção da segurança
e soberania alimentares
do país, em linha com
uma estratégia de
transição para um país
100% biológico.
No dia 28 de outubro,
decorreu, no Hotel
Pestana São Tomé, o
seminário Téla Nón
Sustentável, que contou
com a presença e
intervenção do Ministro
da Agricultura, Pesca e
Desenvolvimento Rural de
São Tomé e Príncipe,
Eng.º Francisco Martins
dos Ramos. Neste evento,
que contou com a
presença de 47
interessados nestas
temáticas, foi
apresentado e
distribuído o estudo
“São Tomé e Príncipe na
construção de um pacto
nacional para a
agroecologia”, da
autoria do Eng.º
Francisco Sarmento.
Esta publicação aborda a
conformação do sistema
alimentar de São Tomé e
Príncipe, as suas
principais trajetórias,
as instituições
existentes e conclui com
algumas recomendações
globais e iniciais nas
áreas do conhecimento,
produção, uso dos
recursos naturais e
comercialização/consumo
para a promoção ativa da
agroecologia e
transformação do sistema
alimentar do país.
O debate em torno da
importância da
agroecologia contou com
participantes como Maria
de Fátima, agricultura e
presidente da AMAGRU-STP
(Associação das Mulheres
Agricultoras Unidas de
São Tomé e Príncipe), o
Eng.º Celso Garrido,
representante do
CONSAN-STP (Conselho de
Segurança Alimentar e
Nutricional de São Tomé
e Príncipe) e Carlos
Tavares, representante
da RESCSAN-STP (Rede da
Sociedade Civil para
Segurança Alimentar e
Nutricional de São Tomé
e Príncipe), bem como
Victoria Medina, da Rede
das Margaridas da CPLP
sobre a importância das
mulheres rurais na
promoção de sistemas
alimentares
sustentáveis.
Na sequência das
principais conclusões
resultantes do
seminário, realizou-se,
no dia 29 de outubro, no
CATAP (Centro de
Aperfeiçoamento Técnico
Agropecuário), a oficina
de articulação e
construção de
capacidades que contou
com 37 membros da
RESCSAN-STP e do
Movimento Biológico STP.
O encontro possibilitou
a troca de ideias para
consensualização das
ações prioritárias e
responsabilidades dos
diferentes atores
envolvidos, as quais
deverão contribuir para
o futuro Plano de Ação
Nacional “São Tomé e
Príncipe 100% Bio”.
Foi sublinhada a
importância de promover
o desenvolvimento de
sistemas de produções
alimentares locais
sustentáveis, através de
uma articulação
integrada dos setores da
produção,
comercialização e
consumo, com foco na
horticultura biológica,
para assim garantir a
segurança alimentar e
nutricional de todas e
todos os são-tomenses.
O projeto PAS –
Políticas
Agroalimentares
Sustentáveis (A
sociedade civil na
consolidação da
governança multi-atores
da segurança alimentar e
nutricional em São Tomé
e Príncipe) é
implementado em São Tomé
e Príncipe desde janeiro
de 2019 pelo IMVF, pela
Associação para a
Cooperação e o
Desenvolvimento (ACTUAR)
e pela Ação para o
Desenvolvimento
Agropecuário e Proteção
do Ambiente (ADAPPA) e
cofinanciado pela União
Europeia e pelo Camões –
Instituto da Cooperação
e da Língua.
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