08.11.2021 -
São Tomé e Príncipe já
perdeu 4% do território
devido à subida do nível
do mar, uma consequência
das alterações
climáticas, revelou esta
terça-feira, 02, o
Presidente são-tomense,
na 26.ª conferência do
clima das Nações Unidas
(COP26), em Glasgow.
Carlos Vila Nova disse
que a ilha de Príncipe,
que faz parte da Reserva
Mundial da Biosfera,
tinha uma área de 1.001
quilómetros quadrados,
mas atualmente só tem
960 quilómetros
quadrados. "Constatamos
que 4% da área terrestre
foi engolida pelo
aumento do nível do mar
devido ao aquecimento
global", disse.
situação
pode piorar se o
aquecimento global
continuar, acrescentou,
pois, "eventos extremos
ao nível do mar que
anteriormente ocorriam
uma vez a cada 100 anos
podem ocorrer todos os
anos até o final deste
século". Embora
reconheça que as
alterações climáticas
afetam
indiscriminadamente todo
o mundo, o chefe de
Estado confessou a
impotência do país para
agir sem o apoio
financeiro dos países
desenvolvidos.
"Com todas estas
consequências
dramáticas, as nações
vulneráveis e os
pequenos Estados
insulares em
desenvolvimento estão
cada vez mais
frustrados, pois os
nossos pedidos e
necessidade de
colaboração continuam
sem resposta de outras
nações mais ricas e do
G20", afirmou. O
Presidente são-tomense
urgiu os países a
acelerarem os
compromissos de
financiamento aos países
em desenvolvimento para
tomarem medidas de
mitigação e adaptação,
os quais estão
atrasados.
O acordo para os países
desenvolvidos
mobilizarem anualmente
um total de cerca de 100
mil milhões de dólares
(86 mil milhões de
euros) em financiamento
climático para apoiar os
países em
desenvolvimento foi
celebrado em 2009 e,
inicialmente, o objetivo
era que fosse conseguido
até 2020, mas só deverá
acontecer em 2023. "São
Tomé e Príncipe tem
visto pouco progresso na
adaptação às alterações
climáticas. Para isso,
ainda precisa de um
apoio forte e urgente
para continuar a
construir a resiliência
das comunidades mais
vulneráveis", disse Vila
Nova.
O país tem uma
estratégia de transição
para as energias
renováveis e uma
economia azul, garantiu.
"Mas não temos os meios
para implementá-la e
estamos numa corrida
contra o tempo",
lamentou. O Presidente
de São Tomé e Príncipe
falava na sessão desta
manhã de declarações dos
países sobre as suas
metas e planos para
combater as alterações
ambientais. Sabe-se que
as intervenções dos
chefes de Estado ou
chefes de governo
presentes em Glasgow
começaram na
segunda-feira e terminam
na tarde desta
terça-feira.
Mais de 120 líderes
políticos e milhares de
especialistas, ativistas
e decisores públicos
reúnem-se até 12 de
novembro, em Glasgow, na
Escócia, na 26.ª
Conferência das Nações
Unidas (ONU) sobre
alterações climáticas
(COP26) para atualizar
os contributos dos
países para a redução
das emissões de gases
com efeito de estufa até
2030. A COP26 decorre
seis anos após o Acordo
de Paris, que
estabeleceu como meta
limitar o aumento da
temperatura média global
do planeta entre 1,5 e 2
graus celsius acima dos
valores da época
pré-industrial.
Apesar dos compromissos
assumidos, as
concentrações de gases
com efeito de estufa
atingiram níveis recorde
em 2020, mesmo com a
desaceleração económica
provocada pela pandemia
de covid-19, segundo a
ONU, que estima que, ao
atual ritmo de emissões,
as temperaturas serão no
final do século
superiores em 2,7 ºC.
ASemana C/Lusa.
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